sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Estar firme.

Sabe aquele dia de Sol que veio depois de dias de chuva sem fim? Aquele dia aconchegante que não é nem frio demais nem calor demais, apenas um dia bonito, em que a gente agradece por estar vivo e se arrepende de todas as vezes que fez drama demais, birra demais, choro demais.

Esse dia tinha tudo – mas, absolutamente tudo pra ser hoje -, mas infelizmente eu cantei vitória cedo demais, e nos quarenta e cinco do segundo tempo, veio um turbilhão de coisas ruins e levou meu dia de Sol pra longe. Quer dizer, pela janela ainda faz um puta Sol e só queria poder ficar ali, recebendo as energias do nosso astro maior, porém estou aqui. Escrevendo enquanto tento manter a cabeça no lugar.

Por que eu? Por que comigo? O que eu fiz pra merecer? Confesso, que nunca encontrei resposta para essas infinitas perguntas. E sempre têm alguém que vem com aquela frase peculiar: “Ah, poderia ser pior. Poderia ser doença...” – nessa hora eu me seguro para não explodir e jogar absolutamente tudo no ventilador. É melhor escrever, me alivia sem deixar feridos.


Não sei como terminar esse texto, mas não me culpo por isso, afinal eu nem sei o que fazer da minha vida, dos meus dias. Só espero que no próximo texto, os dias de Sol sejam predominantes e duradouros. 

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