sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Recomeçar, quantas vezes foi necessário.

É preciso tomar decisões. Sem voltas. Se desprender das amarras e começar algo novo. A vida é assim, cheia de encontros e desencontros. Começo e fim. Nada é eterno. Tudo acaba, uma hora ou outra. Acho que chegou a minha hora. É preciso ser firme e ser madura o suficiente pra arcar com as consequências das minhas escolhas. Chegou a hora de recomeçar. Do zero. Deixando tudo para trás, e levando comigo apenas ensinamentos, e coisas necessárias como amor, paz e esperança.
Nada vai sair do lugar se eu não der o primeiro passo. Difícil. Bem difícil. Mas, se não for assim nunca será nada além de um talvez, ou remotos planos que se não foram postos em prática logo, se preencherão de poeira e vazias ideias.
Chegou a hora de ser adulta o suficiente para sair da zona de (des)conforto e ir pra luta, e entrar no jogo sabendo que posso não ganhar, mas se eu continuar parada já serei automaticamente derrotada e descartada.
Necessito ser mais forte, mas mais do que forte. Necessito ser de aço, ser blindada. Não posso mais adiar minha vida. Está na hora de escrever meu destino com minhas próprias mãos.
Sei que nunca nada foi simples para mim, e nem será. Talvez as coisas piorem, mas as chances daquele passarinho sair da gaiola e se libertar me fascinam. Ninguém nasceu para ficar preso, ninguém nasceu para ser triste.

Existem coisas que dinheiro nenhum compra. Existem chances que só chegam até nós uma vez na vida e se deixarmos escapar, elas não voltam. A vida é pra ser vivida da melhor (ou menos pior) maneira possível, e não ao contrário.  

HAPPY.

Mais um mês vem chegando. E por consequência meu aniversário está cada vez mais perto. Sempre fiz muitos planos para todos os aniversários. Na maioria das vezes nenhum saiu como eu esperava, mas isso não vem ao caso agora.
Eu gosto de fazer aniversário, pois é somente uma vez por ano em que me sinto realmente importante para algumas pessoas. É nesse dia (só meu) que me sinto mais amada. Gosto de ter as pessoas que eu amo por perto, gosto de rir e não pensar em nada de ruim pelo menos por algumas horinhas.
Existe gente que não gosta de comemorar aniversários. Conheço um grande número. Por motivos de vergonha, ou por motivos pessoais, ou pelo simples fato de não gostar mesmo.
Eu acho um desperdício. Afinal é uma data importante demais para fingir que é um dia comum e sem graça. Por mais que eu quase nunca comemore (por diversos motivos), eu não deixo de mudar nesse dia. Coloco minha roupa preferida, e faço daquele dia um dia diferente. Claro que as vezes as coisas não saem exatamente como eu planejei, mas não deixo de esperar pelos dias quatro de outubro ansiosamente.
É um ciclo que acaba para outro começar. É algo que fica marcado, afinal não regredimos na idade (as vezes apenas na mentalidade), é algo que não se apaga. Tudo aquilo que fizemos em um ano são nossas memórias, e depois do nosso aniversário são mais coisas e momentos que virão, e assim vai.
Antes eu não gostava de ficar mais velha. Na verdade até hoje brinco sobre isso, mas percebi que minhas escolhas me trouxeram até aqui. Minha maturidade cada vez evolui mais. E é fazendo aniversário que isso se renova. Recomeça.

Enfim, eu amo essa passagem, esse ciclo. Faz parte da vida. E mesmo que existam fases ruins, quando chega nosso aniversário, é um dia que incrivelmente as coisas parecem melhorar. Esse ano pelo menos comigo vai ser assim, vou tentar deixar tudo de lado e fingir que há uma calmaria imensa aqui. Mesmo que ela só dure algumas horas. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Deixa.

Os últimos dias têm sido difíceis. Mas hoje acordei bem melhor, me sentindo um pouco mais animada e com vida. Há fases que temos que passar, enfrentá-las é a melhor maneira. Fingir, esconder ou adiar não é bom. Até porque nenhum sofrimento é eterno, e nenhum problema é impossível de se resolver. A única coisa que não existe volta é a morte.
Não vou me iludir ou viver em um universo paralelo. Nunca fugi da minha realidade e das minhas dores. Sempre levei muito a sério a vida, e as responsabilidades. Sinceridade com meus sentimentos sempre foi a regra e não vou mudar, porém às vezes é preciso não pensar muito e simplesmente deixar a vida nos levar para algum lugar. Evitar sofrer.
Como eu mencionei em um post anterior, a vida é muito curta para sermos felizes apenas nos finais de semana. Mesmo que de segunda a sexta a vida seja corrida e meio solitária, devemos encontrar um jeito de ser feliz. Em algum lugar, em algum gesto, em algum momento.
Obviamente não estou saltitando de alegria e explodindo ânimo agora, mas me sinto trilhando um caminho que vai ser bom para minha rotina. Evitarei pensar demais e evitarei encontrar respostas para perguntas doídas. Parar de me cobrar tanto, parar de depositar tanta responsabilidade em mim e nas minhas escolhas.  Simplesmente viver. E sorrir quando houver um jeito, e mesmo se não houver jeito.
Uma hora ou outra, tudo se encaixará no lugar. Tenho fé nisso. Uma hora as coisas serão realmente boas e empolgantes. Uma hora haverá não só uma luz no fim do túnel, mas sim uma imensidão de estrelas que me mostrarão que tudo valeu a pena. Toda dorzinha e toda lágrima, todo esforço e toda esperança. Um dia a vida vai melhorar.


Música para hoje: Sem Hora Pra Voltar - NXZERO

terça-feira, 26 de agosto de 2014

A melhor.

Por oito anos eu tive uma melhor amiga. Ela me conhecia tão bem, conversávamos pelo olhar. Fomos colegas da primeira série do ensino fundamental até o segundo ano do ensino médio. Isso soma um total de dez anos, eu sei. Mas amigas mesmo, melhores amigas, irmãs nós fomos por oito anos. Ela era minha metade mesmo, éramos até fisicamente parecidas. Debochadas, felizes e amigas. Isso nos resumia.
Foi horrível a nossa separação na formatura, mas logo depois ela mudou para o mesmo colégio que eu estava. Voltamos a ser colegas. Mas algo havia mudado. Nunca soube explicar o que mudou entre a gente, mas nos afastamos, e viramos apenas amigas. Mesmo que passássemos a manhã juntas, e conversando, não era a mesma coisa. E de amigas viramos conhecidas. Hoje em dia perdi todo contato com ela, infelizmente as pessoas se afastam e não podemos fazer nada.
Depois conheci duas pessoas extremante incríveis. Tive duas melhores amigas ao mesmo tempo. Sem exclusões e sem preferências. Duas melhores amigas diferentes e que não se gostavam. É, que confusão. Foram quase três anos com elas e sem elas. Apenas uma vez consegui juntar as duas amigavelmente em um lugar ao mesmo tempo. Na minha formatura do ensino médio. Aquele dia foi memorável. Eu com uma vivia rindo e fazendo tudo que viesse na cabeça. As lembranças são impagáveis. E com a outra eu vivia sonhos e shows. As lembranças são impagáveis. Eu me sentia imortal.
Porém com o tempo, com algumas brigas e com a falta de tempo, as coisas foram mudando. Mesmo que a gente não queira, temos que aceitar que algumas coisas acabam ou diminuem. E foi o que aconteceu com a gente. Com uma ainda tenho contato diário, e ainda dou boas risadas. Mas sinto que nossa amizade mudou bruscamente depois que comecei a namorar. Ciclo meio normal da vida, infelizmente. E a outra virou uma amiga que converso raramente. A distância e pessoas más também podem ser um veneno para uma amizade.
Nesse meio tempo conheci mais quatro meninas que tenho um carinho enorme e que cresce a cada dia. Queria poder ter essas sete meninas comigo hoje em dia. Tipo a liga da justiça. Sinto falta de todas, da mesma maneira. Amo ter contato com algumas, ainda ter seis delas como amigas. Mas às vezes sinto falta de ser melhor amiga de alguém. Às vezes faz falta uma melhor amiga louca ou quieta, só para sair ou ver um filme com brigadeiro. Ouvir e ser ouvida com aquela total certeza de que não será julgada. Faz falta ter alguém que venha falar contigo mesmo se tu não chamar. Faz falta uma amizade (ou várias) que já tive um dia. Faz falta. Mesmo que eu tenha amizades (tanto masculinas quanto femininas), a gente precisa se sentir acolhida por alguém que não seja da família.

Hoje em dia, tenho meu namorado que virou meu melhor amigo. É muito bom. Mesmo. Mas tem coisas que homens não entendem ou aceitam. Às vezes um abraço de melhor amiga faz falta. 

Sem título.

Não nasci para insistir em nada. Odeio ter que insistir em algo e no final acabar dando errado, odeio me decepcionar com a vida. Falar em seguir e não desistir é fácil. É extremante fácil. É facílimo. Agora ir atrás, buscar, tentar diversas vezes e só ganhar decepções até cansar é extremante difícil. Quase impossível.
Na verdade nunca fui uma pessoa insistente. Se vejo que algo não vai dar certo nem vou atrás. Sempre fui assim, na escola, nos meus projetos, e até mesmos nos meus antigos relacionamentos. Houve poucas vezes em que insisti. E todas elas deram errado. Todas mesmo.
Obviamente não é fácil largar de mão, nem desistir. É difícil. É preciso saber lidar com muito sangue frio (coisa que eu nunca tive), e confesso que não tenho mais estruturas nem para ir nem para ficar. Nem para desistir nem para continuar. Não sei mais pensar e achar uma solução, não consigo enxergar as coisas de fora.  
Dizem que “quem espera sempre alcança”, mas não sei lidar com esperas. Nem com conquistas ou objetivos alcançados. Há coisas predestinadas a darem errado, e não adianta forçar em algo que não vai sair do lugar. Já ouvi dizer que sou dramática demais, e que quero que as pessoas tenham pena de mim. Acho engraçado. Óbvio, eu mesmo atraio coisas ruins e decepções só para o mundo inteiro ter pena de mim. Claro. Muito criativo da minha parte.
E falando nisso, acho que até esse blog já passou da hora. Venceu a validade. É talvez eu desista dele também. Pra mim virou rotina desistir das coisas e me acostumar com isso. Mesmo que seja horrível.


"Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem."

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Venha de onde vier, tanto faz.

Apesar desse final de semana ter passado voando, ele foi muito bom. Matei a saudade de uma amiga que não via a algum tempo e aproveitei ao lado de pessoas que amo. Mas especialmente matei a enorme saudade da minha avó. Ela que apesar da idade e dos problemas de saúde, não tira o sorriso do rosto e não deixa de demonstrar o seu amor por mim. Mesmo que nossos laços não sejam de sangue, estamos ligadas pelas nossas almas e por nosso amor.
Parece que ela simplesmente sentiu minha fase difícil, e apenas me olhou nos olhos e disse algumas palavras que ainda giram na minha cabeça.

“Quando tu nasceu, a tua mãe te deu o teu nome. E tu não poderia ter outro a não ser esse. Olha como tu cresceu, olha como tu conseguiu conquistar muitas coisas que pareciam ser bem difíceis. A tua mãe tava certa, tu nasceu pra vencer. Eu te admiro muito.”

Não sabia muito bem o que responder. Apenas agradeci e tentei não chorar.
Não está sendo nada fácil, não mesmo. Sei que devo pensar positivo e atrair boas energias etc  etc etc, eu sei disso. Porém não é simples, e às vezes me vejo perdida no meio do caos, sem ter pra onde correr. Juro que não é drama ou exagero. Bem que eu queria que fosse. Desde sempre minha vida nunca foi normal, e algumas pequenas coisas fazem tanta falta e me geram um vazio.
Tenho que ser mais forte do que nunca, tenho que levantar a cabeça e seguir em frente, tenho que mostrar para o mundo que eu posso. Mas o que fazer quando qualquer coisa te derruba e a única vontade é ficar no chão? Sinceramente não sei. Na verdade até sei. Eu deveria levantar mais forte e com mais esperança. Porém sinto algo errado, sinto que estou guardando todas as coisas ruins e jogando fora as pequenas coisas boas. O ser humano é complexo demais. A vida é complexa demais. Somos seres em constante aprendizado, porém às vezes não consigo entender qual o motivo de tantas coisas ruins.
Sei que meus últimos quinze textos têm sido sobre coisas ruins e sobre força e sobre como os problemas me atingem. Odeio ser repetitiva. Mas não há nada que eu queira mais do que ter uma vida normal. Com um lar, sem brigas, com paz, sem choros à noite, com tempo e sem lamentações.

Sei também que reclamar, chorar e me deixar abater não ajuda em nada, mas com quase dezenove anos de vida, cheguei em um ponto que cansei de lutar, cansei de dar murro em ponta de faca, cansei de pedir, cansei de conversar e tentar achar uma saída. Eu não consigo mais sozinha, preciso me recompor. Preciso de um tempo só para mim e para conseguir me renovar. Preciso me recriar. Preciso voltar a acreditar que tudo vai melhorar, basta eu levantar. 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Lobo em pele de cordeiro.

 Incrivelmente eu estava enganada. Novamente. Sempre falei sobre enxergar as verdadeiras pessoas que nos rodeiam, e como eu venho me decepcionando com inúmeras pessoas ultimamente, porém eu achava que em certo círculo de amizades eu não me decepcionaria. Que engano. Venho sendo atacada por bombardeios de todos os lados, até com as pessoas que eu tinha plena certeza que se importavam ao menos um pouco comigo.
Sabe aquelas amizades em que você pode ser você mesmo? Sem máscaras e na mais pura sinceridade? Pois é, eram essas as amizades que eu tinha. Ninguém me julgava ou criticava. Mas, mais uma vez fui surpreendida. Que horror.
Algumas pessoas apenas crescem e não amadurecem. Continuam vivendo em um mundo de vaidade e enganos. Isso não faz sentido para mim.
E agora? Restam apenas algumas pouquíssimas pessoas em quem ainda confio e prezo a convivência.
Vida de gente grande não é fácil. Quando a gente é criança, basta que um amiguinho queira brincar com a gente e está tudo certo. Tudo lindo. Mas daí a gente cresce, e enxerga a verdade, e a ficha caí.
Talvez esse seja o mal de ser filha única. Carência. Até um ano atrás eu corria atrás de muita gente. Demonstrava todo o afeto que eu sentia. Quase implorava atenção. E tudo foi em vão. Hoje em dia aquelas muitas pessoas se tornaram poucas, e até conto nos dedos. É difícil.

Porém, não deixo de seguir. Com muitos ou poucos, não importa. Não mais. Antigamente eu me rasgaria chorando e me perguntando qual é o meu problema, e porque as pessoas não gostam de mim. Hoje não. Faz um tempo que eu soltei todo mundo, e só permanece comigo quem quer e quem tem afeto por mim. Os outros vão ficando pelo caminho e o mais bizarro de tudo isso é que eu não dou mais a mínima. E nunca fui tão sincera na vida. 

Eu nasci para coisas grandes.

Desde pequena eu sempre ouvi inúmeras vezes que eu seria um fracasso. Naquela época, com nove ou dez anos eu não entendia muito bem o motivo disso, e tentava provar que não, que eu seria uma pessoa normal com erros e acertos, mas que eu tinha algo a mais. Algo que até hoje acredito ter dentro de mim, um dom, algo especial, aquela coisa que sabemos que só teremos em uma vida. Até meus quatorze anos eu consegui provar para todos, e até para mim mesma que eu poderia ser realmente o que eu quisesse na vida.
Foi então que após meus quinze anos, comecei a acreditar que nasci para a derrota e para o fracasso. Parecia que onde eu colocava a mão as coisas se tornavam ruins. E quanto mais eu tentava me livrar de tudo aquilo, mais eu me afundava. Nada mais deu certo. E infelizmente hoje vejo o sorriso estampado no rosto das pessoas que diziam que meu nome era apenas um nome e que ele nunca faria sentido. Elas tinham razão.
Obviamente existe muita gente que torce por mim. Sou extremamente grata a isso. Porém parece que a torcida contra sempre será mais forte. Passei a não acreditar mais tanto em mim como antes. Na verdade passei a não acreditar mais em mim. E criei uma lista mental das minhas derrotas. No terceiro ano do ensino médio fiz o Enem no qual obtive uma nota horrível, depois vestibular na federal obviamente que eu não passaria. Comecei a trabalhar e fazer cursinho pré vestibular. Ficou puxado, abandonei o emprego e permaneci no cursinho. Consegui um emprego com uma carga horária menor. Fiz o Enem outra vez, não alcancei uma nota muito melhor do que da primeira vez. Fiz vestibular em uma particular. Passei e fiz a matrícula, mas tive que cancelar porque eu não teria condições financeiras de pagar sozinha. Fiz vestibular na federal de novo, e mais uma vez não passei, claro. Comecei a trabalhar o dia todo naquele emprego que tinha carga horária menor. Comecei auto escola, e vou para a terceira prova prática porque ainda não consegui passar.
Ouvir desaforos e cobranças é a pior parte. Sei que deveria me esforçar mais. Sei que eu deveria conquistar mais glórias, mas não é fácil como pensamos. E também não fracasso porque eu quero. Simplesmente acontece. E mesmo que eu saiba que devo me desprender dessa má sorte que talvez eu mesma tenha criado, simplesmente não consigo me soltar. Não consigo enfrentar algo sem ouvir aquela voz dizendo que não vou conseguir. Ela gira na minha cabeça todos os dias.
Eu só queria voar livre. Alcançar minhas conquistas, com meu esforço e dedicação. Queria lutar por algo que eu realmente quero. Queria conseguir vencer. Queria conseguir provar para todo mundo e principalmente para mim mesma que eu nasci para coisas grandes.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

We'll be coming back for you one day.

Acho que eu sempre vou viver em uma briga interna com o tempo. Sempre vou querer que ele ande mais devagar, que ele volte para eu refazer coisas e desfazer outras. Sempre vou querer pular para a parte boa da minha vida, onde sou mais feliz e mais viva. Não consigo controlar essa minha mania (ou até mesmo loucura) de querer ser um relógio para fazer o meu tempo.
Uma vez li uma frase que me marcou, e mesmo após tantos anos ainda me lembro dela como se fosse ontem.
“O tempo passa, mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada tique do relógio faz sua cabeça doer como se fosse um fluxo de sangue passando por uma ferida. Ele passa desigual e em estranhos solavancos, levando a calmaria embora. Mas ele passa, mesmo pra mim.”
Não há nada que eu queira mais do que controlar o tempo. Voltar a me abrigar em um abraço que salva minha vida. Voltar para o paraíso de verão. Voltar para as manhãs acordando ao lado do meu namorado. Voltar para os finais de tarde tomando chimarrão e comendo pipoca com a minha mãe na nossa antiga casa. Voltar para quando eu tinha um lar. Voltar para quando eu tinha meus amigos por perto todas as manhãs. Voltar para os shows com as minhas amigas onde fui mais feliz. Voltar para São Paulo. Voltar para minhas tardes livres. Voltar para os dias em que tive meu celular. Voltar para as noites na casa da Vó Glê. Voltar para as loucuras com o pessoal do ensino médio. Voltar para o passeio de formatura da oitava série. Voltar para praia com a gurizada. Voltar pras festas com as minhas amigas. Voltar para quando eu tinha mais esperança de que tudo iria melhorar.

Sei que algumas coisas são passageiras e acontecem apenas para nos deixar uma lembrança gostosa, mas quem dera tudo isso voltasse e junto trouxesse a calmaria de uma vida boa, e bem aproveitada. Quem dera. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

"Fique forte."

Me encontro em uma caminhada difícil e lenta fazem exatamente vinte dias. Não me imaginei assim algum dia, mas a vida é assim, faz coisas que nos surpreendem, e nem sempre são coisas boas. Meus dias se resumem em correria, mas há vezes em que me perco em meio ao caos. Em segundos volto a estaca zero e me vejo regredindo, pirando por qualquer coisa, e maximizando as coisas ruins dos meus dias.
É estranho, eu sei. Às vezes acho que vou endoidar e ir para um manicômio. Ta exagerei um pouco, mas eu só queria mais equilíbrio na minha vida. Estou praticando a lei do desapego (de coisas ruins, e de coisas materiais), mas confesso que está sendo bem difícil. Sei que sou privilegiada por ter relativamente uma boa saúde, um teto pra morar e pernas, braços etc. Porém tem dias que nada disso me importa, eu só queria ter um pouquinho mais de sorte.
Uma vez ouvi de não sei quem, que a gente que faz a nossa sorte, e eu me pergunto onde estou errando? Porque olha, eu acordo cedo, trabalho, estudo, fico horas em ônibus e aturo meu pai quando chego em casa. Isso não é merecer? Se não é, eu não sei mais o que é merecimento. Sinceramente.
Ei Deus, não estou te julgando, nem te criticando, mas poxa, olha mais aqui pra baixo, especificamente, olha mais pra minha vida e pros meus dias, e ta uma forcinha aí! Estou precisando. Sei que todo mundo precisa, e existem pessoas que precisam mais do que eu, mas eu não estou pedindo pra ganhar na mega-sena ou algo do tipo, eu só estou pedindo pra ter um pouquinho mais de sorte, equilíbrio e paz.

Continuo de pé, dando um passo de cada vez, me mantendo firme (mesmo que às vezes minha vontade seja ficar jogada no chão), e não deixando de ter fé na vida. Algum dia as coisas irão melhorar. Mesmo que demorem. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

E teu sorriso vem pra aliviar a incerteza, que nada foi em vão.

Ainda lembro daquela noite, e do dia amanhecendo aos poucos, lentamente. Ainda lembro de chegar em casa e não saber explicar o que eu estava sentindo. Ainda lembro de ficar com os dois pés atrás, e querer frear todo e qualquer tipo de sentimento. Ainda lembro daquela primeira conversa. Ainda lembro de sorrir por dentro e por fora me manter firme. Ainda lembro de gritar e me fechar por um mal entendido. Ainda lembro daquele domingo a tarde. Ainda lembro de rir e me assustar com a rapidez que as coisas estavam acontecendo. Ainda lembro de gostar de tudo aquilo. Ainda lembro das mil conversas. Ainda lembro da afinidade absurda que tivemos desde o início. Ainda lembro daquela praia, daquelas noites longas e dias de preguiça. Ainda lembro da saudade pré despedida. Ainda lembro de me sentir vazia. Ainda lembro do reencontro. Ainda lembro de cada detalhezinho. Ainda lembro de me sentir eufórica. Ainda lembro de como tudo começou e posso dizer que não foi nada lento, foi tudo com uma rapidez absurda, mas ao mesmo tempo com uma leveza e calma. Encontrei a paz, encontrei o amor, encontrei a vida. Encontrei tudo que eu precisava e hoje sou bem melhor. Mais do que nunca sou completa, e repleta de coisas boas para contar. Não tenho nada a reclamar desse ano apenas por ter encontrado alguém que me faz feliz. Nem sei se sou merecedora de tudo isso, mas faço o que eu puder para esse energia e esse sentimento bom que temos, não acabar. Sou completamente apaixonada por uma pessoa faz sete meses, que se Deus quiser vai ser assim pelas próximas sete vidas.

Admirar e agradecer.

Tenho dois tesouros na minha vida. Não seria nada sem. Não me imagino sem eles. Improvisando a letra do mestre Projota, isso diz tudo: “Vivi por dezoito anos sem saber que cê existia, mas depois de perder você é difícil viver por dezoito dias” é praticamente assim. Um desses tesouros só apareceu na minha vida agora, esse ano, e já faz sete meses, e agora não consigo lembrar de como era antigamente, de como eu vivia.
Só posso agradecer à Deus por ele ter colocado em minha vida duas pessoas tão maravilhosas. Minha mãe, a mulher mais forte que conheço na vida, a mulher mais otimista e positiva mesmo que tudo esteja caindo. Uma mulher que já tem mais de meio século de vida, e se Deus quiser terá mais meio comigo, ao meu lado. Uma mulher que faz de tudo por mim, e eu com certeza faço o mesmo por ela. Uma mulher que é uma verdadeira rainha e isso não é clichê, nem moda para mim. Desde que nasci, tenho-a como espelho.
Agora tenho um príncipe, que me cuida tão bem como se fosse meu anjo protetor. Não há palavras para descrevê-lo ou descrever todo orgulho que sinto por ele. Eu que nunca tive muita sorte na vida, tive sorte em encontrá-lo. Realmente, as coisas boas vem quando menos esperamos, e pra ficar.
Não sendo injusta, eu tenho mais pessoas que me fazem bem. Minhas amigas e amigos, meus dindos, meus sogros, meus primos e tios. Realmente eu nasci na família que deveria nascer, com a vida que deveria ter e rodeada de pessoas que deveria conhecer.
Acredito que um ciclo esteja acabando para outro começar. Acredito que todo esforço será recompensado e toda lágrima virará sorriso. Acredito que algumas coisas ruins estão indo embora, e coisas boas estão chegando. Sinto isso. Gosto disso. Só me resta agradecer a vida pelas pessoas boas que tenho ao meu lado, isso é que faz a vida ser bonita.


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O meu lugar.

Esse final de semana foi um ponto certeiro, não esperava muita coisa dele, mas foi aí que me surpreendi. E meus caros amigos, não poderia ser uma surpresa melhor! Se existe coisa melhor do que passar os dias do lado de quem a gente ama, eu desconheço. Rir, brincar, brigar (de mentirinha, e de lutinha), ser cuidada e dar carinho. Se sentir importante. Não há quem não goste disso.
Sempre fui muito inconstante. Quando eu olhava tv, sempre mudava os canais rapidamente para saber se não havia algo melhor passando em outro canal. Voltava ao que eu estava assistindo, esperava um pouco e sempre repetia essa ação, e às vezes eu acabava encontrando algo melhor para ver, às vezes não.
E confesso ainda, que sempre queria estar em mil lugares ao mesmo tempo, com mil pessoas diferentes, fazendo mil coisas diferentes. Uma balada, um cinema, um barzinho, uma praia, um quarto, com as amigas, com os amigos, e com alguém especial.
Sempre quis desbravar o mundo, viver todas as oportunidades possíveis em pouco tempo. Nunca saí do lugar. Me contentava apenas trocando os canais da tv incansavelmente na esperança de encontrar algo melhor.
Eis que eu encontro. O melhor para mim, para a minha vida, para meu futuro. Agora está explicado porque alguns canais eram chatos e eu não gostava. Agora está explicado porque eu sempre passava-os rapidamente, sem ao menos esquentar o banco. Agora está explicado.
Encontrei o canal certo, encontrei a pessoa certa. O meu melhor, o nosso melhor. Encontrei alguém que me faz querer ficar, que me mostra a cada dia que vale a pena esperar, e não se apaixonar pelo primeiro que vemos na frente. Encontrei o meu lugar, que é ao lado dele, e vou confessar que não quero estar em mais nenhum outro lugar.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

The love.

Nunca imaginei que encontraria alguém que se encaixe tão perfeitamente a mim. Hoje posso dizer que não tenho só um namorado, tenho um melhor amigo, um irmão mais velho, um companheiro pra vida, que pegou minha mão e começou a seguir um caminho comigo.
Alguém que sabe mais da minha vida e dos meus pensamentos melhor do que eu mesma às vezes. Alguém que acredita nas palavras que eu digo e que entende meus conflitos mais difíceis.  Alguém que me cobre nas noites frias e em que estou me rendendo ao sono. Alguém que me deixa roubar suas meias e camisetas.
Poderíamos casar. Não acredito que disse isso. Eu que nunca quis compromisso nem com a minha sombra, até nisso eu mudei. Além de me tornar mais calma em alguns aspectos, e mais sensível talvez, me rendi  a querer um dia ter uma família. Muito cedo para isso, eu sei eu sei, estou apenas comentando. Não se assustem, isso não é um pedido de casamento, muito menos indiretas.
Sou meio louca, as vezes escrevo coisas e as apago só pelo simples fato de parecerem indiretas, flechas certeiras para diferentes pessoas. Eu fico imaginando o que vocês irão pensar, ou deduzir. É, escrever tem dessas coisas. Imaginar o que o leitor vai pensar e ter que mudar o rumo total do texto para o foco ser apenas um: a verdade.

E a verdade é que o amor muda a gente. De uma forma espetacular é claro, ganhamos uma outra família, um outro quarto, uma outra cama e alguém que nos traz a paz. 

D-E-S-A-P-E-G-A-R

Sempre fui de fazer e organizar as coisas do meu jeito, sempre fui meio apegada a coisas velhas e minhas, mas minhas por estarem exatamente do meu gosto, exatamente sob medida. Nunca achei que eu poderia sentir tanta falta de algo material quanto estou sentindo agora. Se você não gosta de pessoas apegadas e meio depressivas, pare de ler esse texto agora, pois não irei falar de borboletas no campo voando livres, ou algo do tipo. Irei falar sobre meu atual estado de espírito, sobre meu atual sentimento.
Desapegar. Coincidentemente ou não, vinha lendo muito essa palavra na internet, nos muros, nos jornais e até na tv. Sempre me achei uma pessoa desprovida de ambições ruins e apegada a coisas materiais e fúteis. Porém, apego é uma coisa e necessidade é outra e talvez pior.
“Nossa, como essa guria é dramática e fútil, e imatura” – sei que você está pensando isso. E realmente eu concordo. Afinal com tantos problemas piores que eu tenho, por que ficar me lamentando por algo material que pode ser substituído? Nem eu sei.
Mas fico lembrando que demorei seis meses para arrumá-lo do meu jeito, organizá-lo, e deixar a minha cara. Minhas fotos, minhas músicas, minhas redes sociais e meus aplicativos não existem mais. Ta, até existem alguns deles ainda, mas não do meu jeito, não do meu gosto.
“Essa guria ainda ta chorando porque está sem celular? Que ridícula” – sei que você está falando isso baixinho nesse momento. E eu realmente concordo. Mas, infelizmente não consigo evitar a falta que isso está me fazendo. Eu nunca tive algo tão legal e comprado com meu dinheiro sabe, fruto do meu esforço. É, praticamente minha vida social estava aquele aparelhinho que cabia na minha mão.
“Realmente ela é mais imatura do que eu pensava” – sei que você está pensando isso. E realmente eu concordo. As vezes eu mesmo não acredito que estou sentindo isso, mas é incontrolável, ele era meu companheiro, meu passatempo. Ele era tudo que eu precisava, todas as informações, todas as noticias e novidades que eu precisava saber, eu encontrava lá. Até para me comunicar com as pessoas ele era espetacular.
E agora olho pro ladinho da minha mesa onde ele ficava, e não o vejo. Sério, da uma dor no coração, eu era viciada mesmo.
Por que justo eu? Por que justo ele? Não sei. Eu só queria ele e tudo nele de volta.
“Socorro, que guria chata e apegada. Não acredito nisso, que pessoa materialista” – sei que você está pensando isso exatamente agora. E realmente eu concordo. Porém só pra estar no meu lugar pra saber o que estou sentindo.

Mas se for pensar bem, estava demorando demais para acontecer algo ruim assim comigo, afinal a sorte passa bem longe dos meus dias. É, até eu me acostumar e me desapegar vai demorar um bom tempo, mas a vida não é justa. E realmente eu concordo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Respira. Não pira.

Os últimos dias tem sido uma verdadeira batalha. Respiro fundo, e conto até dez. Mentalizo coisas boas, lembro momentos felizes, até planejo um pouco do futuro. Consigo dar um leve sorriso. É quase um exercício para não entristecer. Confesso que nunca foi tão difícil ser feliz. As vezes acho que tenho um ímã com coisas ruins e pensamentos negativos.
Decoro que tenho que mandar energias boas para o mundo e para vida, pois só assim eu terei isso de volta. Mas existem vezes que me pego remoendo dores e com raiva, tristeza e desanimo. Sinto até as lágrimas chegando. Na mesma hora repito para mim mesma que não posso enlouquecer, preciso manter o foco. Pensamento positivo, e nada de amarguras.
Quem dera que eu conseguisse com êxito essa missão. Tem vezes que sinto vontade de jogar tudo para o alto e esperar que caiam de volta por cima da minha cabeça, mas penso em tudo que já passei, e percebo que sou leviana e fútil em pensar nessas coisas “superficiais”.
Admito que para me aturar nos últimos meses é preciso ter paciência. Acordo pensando positivo e tento me manter confiante e firme diante de tudo, porém não é fácil, as vezes me sinto como uma menininha indefesa que só quer chorar e se desprender das angustias que a rodeiam. Uma vez minha mãe me disse que eu tinha que reagir, parar de me martirizar e atrair o negativismo. Sei que ela tem razão, mas as vezes é mais fácil ser triste. Afinal todos tem mil motivos para isso e é bem mais cômodo se deixar abater do que ir à luta.
Mas não, não quero mais isso pra minha vida e pros meus dias. Quero ânimo e sorrisos verdadeiros, quero afeto e positividade. Mesmo que eu me deixe cair em alguns momentos, sei que tenho que levantar e continuar. Preciso de mais equilíbrio e paz interior, para não desmoronar por qualquer motivo, ser uma rocha é a meta.
Respira fundo Vitória, vai em frente e continua, se quiser cair fique à vontade, mas isso tem que servir pra ti levantar mais forte. Respira fundo e vai, isso ainda vai valer a pena. Respira fundo e vai.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Quando crescer não quero ter o que eles tem na tv. Só quero ser feliz.

Ontem foi o primeiro dia em que comecei a reescrever minha história. Do meu jeito. Com as minhas escolhas e vontades. É necessário crescer e amadurecer, cortar o cordão umbilical, erguer a cabeça e ir em frente. Sem pensar demais e não agir sem pensar. Complicado, eu sei. Se não fosse assim não seria eu.
Primeiramente me blindando e criando forças, sendo mais forte no lugar onde eu deveria ser mais feliz, atacando e me defendendo no lugar onde eu deveria estar protegida. É.
Depois, me abastecer de energias positivas todas as manhãs e focar no pensamento positivo. Atrair coisas e pessoas negativas só vai piorar as coisas. Ser mais feliz, independente do lugar ou o motivo. Apenas sorrir. Ouvir uma boa música indo pra aula já ajuda demais.
E repetir isso todos os dias daqui pra frente. Não há mágica nem efeitos especiais nessa história, há apenas alguém querendo buscar sua felicidade, sua vida. Tentando da melhor maneira possível não deixar se abater pelos inúmeros problemas e fracassos.
Acho que é isso. Percebi que não existe fórmula secreta e infalível para a felicidade e a vida perfeita. Mas, se formos de grão em grão aprendendo que a simplicidade é a chave para isso, estamos no caminho certo. 
Já ouviram dizer que felicidade é um fim de tarde olhando o mar? Ou que a felicidade se encontra nas coisas mais simples da terra? Exatamente. Felicidade não é nem nunca vai ser algo material, algo que se possa tocar. Felicidade é estar com quem a gente gosta em algum lugar, afinal ninguém é feliz sozinho.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Smile Summer

Recomeçar. Essa é a palavra chave a partir de agora. Esqueçam aquela Vitória dos últimos tempos, que vive triste e afastada das pessoas que a fazem bem. Decidi por reajustar minha vida, continuar carregando comigo só o que faz bem, só o que vale a pena. Pessoas invejosas e desnecessárias estou mandando embora, pra bem longe e os importantes continuam abraçados comigo.
Chega. Cansei de viver com saudade das minhas amigas, das tardes com elas, e até das noites bebendo e rindo. Voltar, recomeçar, reaprender a ser feliz completamente. Afinal não somos felizes pela metade nem com pouquinhos. Não vou mais abrir mão de nada, não vou mais deixar de sorrir por nada.
Eu tenho a minha verdade e os verdadeiros. Sei exatamente quem são e onde estão. Chega de viver aos pouquinhos, chega chega chega. Hora de mudar, hora de voltar a ser feliz como no verão, hora de ir atrás, ir além.
A vida é feita de sorrisos, amizades verdadeiras, dias e noites com pessoas que amamos e nos fazem bem. Agora sei quem me quer por perto, e quem apenas finge. Abri meus olhos, e da mesma forma que isso é decepcionante, é também gratificante. Entender a vida. Conhecer realmente as pessoas. Enxergar que aparências enganam. A verdade a pareceu e a iludida morreu.
De hoje em diante aproveitar será a regra. Vou ir, e se der medo vou com medo mesmo. Como diria meu sábio ídolo, a vida é pra aprender, a vida é pra curtir.
Deixarei o Sol que vive dentro de mim brilhar e aquecer a alma.
“Back to summer paradise!!!”
(De volta ao paraíso de verão!!!)


sábado, 9 de agosto de 2014

Repara bem no que eu não digo.

Vitória Vieira Garré Martins. 18 anos. Sonhos. Verão. Sorvete. Calor. Medo. Choro. Riso. Sono. Comer. Promessas. NXZERO. Amor. Esperança. Ciúmes. Briga. Avesso. Suave. Mousse de morango. Roxo. Cinema. Funk. Sim. Mãe. Comédia. Fé. Flores. Tempo. Lasanha. Simpatia. Planos. Saudade. Ansiedade. Massoterapia. Anos 80. Azul. Rock. Conversar. Aproveitar. Batata palha. Amigos. Raridade. Praia. Felicidade. Família. Falta. Força. Passado. Marrom. Touca. Realizar. Escrever. Sinceridade. Surpresas. Maturidade. Presente. Twitter. Vermelho. Sertanejo universitário. Alcançar. Sorrir. Noite. Moletons. Sol. Strike. Entender. Explicar. Remédios. Nervosismo. Cidade. Ser. Organizar. Chimarrão. Tarde. Coração. Rinite. Charlie Brown Jr. Aceitar. Começo. Fim. Recomeço. Brilho. Vinho. Instagram. Carnaval. Tiara. Loira. GFBPA. Luz. Verde. Ânimo. Perder. Chegar. Serenidade. Brisa. Comédia. Simpsons. Nescau. Perfume. Preguiça. Respeito. Foco. Anjo. Abraços. Limão. Anéis. Tatuagens. Futuro. Scooby Doo. Morder. Gato. Ênfase. Drama. Água. Voar. Viajar. Maré. Abacaxi. Piercing. Compreender. Compras. Pérolas. Gostar. Amar. Conhecer. Fotos. Rir. Atlântida. Pular. Ir. Contar. Filhotes. Tartaruga. Morango. Post it. Edredom. Pipoca. Não. Novidade. Força. Distância. Erros. Datas. Apego. Lembranças. Whatsapp. Espontaneidade. Decidir. Aquecer. Mochila. Óculos. Amendoim. Garrafas. Sentir. Arrepiar. Celular. Coragem. Controle. Café. Razão. Tic-tac. Livros. Escolhas. 04/10/1995. Viver. Chá. Chocolate. Saborear. Permitir. Querer. Encontrar. Reviver. Tomate. Estudar. Porto Alegre. Maioridade. Saber. Esperteza. 11/06/1985. Responsabilidade. Cedo. Reggae. Traumas. Incertezas. Capacidade. Decepções. Paz. 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O passado está presente no mesmo lugar.

Confesso que sempre fui um pouco mandona. Ta, um pouco não, muito mandona. Sempre quis comandar tudo, desde os grupos para a feira de ciências na escola até a história das novelas que não me agradavam.
Sempre tive esse instinto de liderança, e não querendo me gabar, sempre fui boa nisso. Sempre soube pensar e analisar bem as diferenças, as dúvidas até chegar a uma conclusão justa, sempre gostei de ser a líder da turma, falar em público e apresentar trabalhos, ideias, opiniões.
Olhando pra trás, vejo que às vezes exagerei um pouco, levei muito a sério essa coisa de liderança, e até mesmo poder. Comigo sempre foi 8 ou 80. Ou sim ou não. Ou quente ou frio. Antigamente, meio termo para mim não convencia, não agradava.
Hoje em dia as coisas mudaram muito, perdi o rumo e continuo apenas caminhando sem saber pra onde ir, sem saber onde esse caminho vai dar. Não consigo comandar nem minha própria vida, meu tempo e minhas escolhas. Talvez, agora aquela menina mandona e braba me mataria se presenciasse uma das minhas crises existenciais e conflitos duvidosos. Sem dúvida alguma ela me pegaria pela mão e me faria enxergar que não posso perder o controle, que tenho que me manter firme diante da vida e das complicações. Ela diria para eu pensar bem e quando chegasse a uma conclusão eu não deveria ter mais dúvidas, ou incertezas e apenas deveria tomar as decisões.
Ela brigaria muito comigo se visse que deixei de expor minha opinião faz anos, que hoje em dia o que eu mais quero é ser invisível, e passar despercebida. Ela, que sempre adorou ser o centro das atenções, sempre gostou de bater o pé sobre o que achava certo (mesmo que estivesse errada as vezes) não iria entender como me tornei alguém tão oposta dela.
Talvez esteja na hora daquela menina voltar um pouco a viver aqui dentro de mim, não tão possessiva quanto antes, afinal ela era meio imatura antigamente, não conseguia discernir algumas coisas. Está na hora da minha essência mais pura voltar a viver aqui. Talvez aquela menina apareça daqui uns tempos para me fazer uma visitinha para relembrarmos o passado e planejarmos um pouco o futuro...



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ACREDITE.

Começo esse texto dedicando-o para uma menina/mulher que apesar da pouca idade, possui uma força e uma alma iluminada fora do comum.

Antes de dormir, fiz exatamente o que ela me dissera pra fazer. Fechei os olhos e imaginei o que eu queria que mudasse na minha vida, o que eu queria ter, ser e onde eu queria estar. Imaginei com toda minha força, e por um devaneio consegui sentir tudo aquilo por alguns instantes, parecia real, parecia um sonho. Senti uma felicidade invadindo meu corpo, minha mente. Agradecia por aquilo, agradecia por finalmente ter conquistado tudo que eu sempre quis. Lágrimas escorriam dos meus olhos, mas não era de tristeza, nunca senti uma paz igual, me arrepio só de lembrar.
Aos poucos fui voltando para a realidade, mas eu estava tão contagiada de energias boas, e grata à Deus por tudo aquilo, que nada conseguiu estragar tudo aquilo. Abri os olhos e fiquei observando o teto por alguns minutos. E depois não lembro mais nada. Adormeci de um jeito leve e calmo. Faziam anos que não me sentia assim.
Acordei hoje meio extasiada ainda, parece que levei uns socos do bem, acordei bem, e pela primeira vez em dezoito anos eu não estou mau humorada.
De agora em diante vai ser assim, só vou agradecer pelo que eu tenho e pelo que eu ainda não tenho também. Quanto mais eu afundar, mais a terra vai cair sobre mim. Levantar a cabeça e sacudir a poeira é lei. Vou parar de ser negativa, isso só vai me prejudicar mais, vai me bloquear de enxergar as coisas boas que eu possuo, mesmo que elas sejam mínimas, elas existem e devem ter muito valor.

"Decida o que você quer. Acredite que pode ter. Acredite que merece e que é possível. Então feche seus olhos todos os dias durante alguns minutos e visualize já ter o que você quer, com a sensação de já ter. Pare e se concentre por já estar grato, e realmente goste disso. Então comece seu dia e deixe ao Universo, e confie que o Universo vai saber como se manifestar."



terça-feira, 5 de agosto de 2014

Quem vive no inferno, reza pra quem?

E de repente me vejo novamente cercada de pessoas, ouço vozes conversando, barulhos, canetas caindo, telefones tocando, os pingos de café caindo na cafeteira, o tic-tac do relógio, buzinas, e roletas girando, pessoas conversando e rindo e pessoas brigando, clima de velório. Acordo e novamente o ciclo recomeça.
Essa sensação não é estranha nem nova, ela já esteve aqui tempos atrás e essa sensação corrói, desanima e faz tudo se tornar pior, porém ela não tem cura ou fórmula mágica. Afinal, não existem milagres.
Ouvi dizer que devíamos buscar a felicidade todos os dias e que isso deveria ser um dever, uma lei, e não deveríamos desperdiçar tempo algum. Sinto que estou fazendo isso. Desperdiçando um tempo precioso, queimando etapas que não vão voltar, adiando minha felicidade cotidiana e me tornando alguém que fragilmente entra em crise e caí num poço sem fim.
Mas o que eu posso fazer? Fingir que nada acontece, fingir que levo uma vida ótima, fingir que não tenho problema algum, que tenho tempo pra tudo e que não vivo cansada? Fingir que não cometo fracassos a cada passo que dou? Seria isso? Ser feliz é mentir e esconder o que realmente sentimos e vivemos?
Prefiro ser triste. Prefiro ser sincera com meus sentimos, prefiro ser intensa demais nos meus problemas e conflitos, prefiro tentar achar alguma solução (mesmo que não haja), prefiro me afundar em um travesseiro cheio de lágrimas desesperadas em cair do que sorrir por todos os cantos, gritando aos quatro cantos que sou feliz, que tenho uma vida ótima, e que os problemas não me afetam. Não sei fingir algo que não sou, não sei sentir algo que está muito longe da minha realidade, não sei enganar as pessoas com uma falsa alegria.

Queria que a felicidade fosse sincera, real e permanente.