Olhe em
volta. Quantas pessoas você enxerga sorrindo? Quantas não estão no celular?
Quantas observam a vida lentamente? Creio que nenhuma. Olho ao meu redor e só
vejo gente apressada, preocupada e estressada. Vivendo no modo automático.
Aturando dias infernais, engolindo milhões de sapos e cada vez mais
individualistas.
Crianças se
tornam adolescentes alienados pelas redes sociais, os adolescentes se tornam
adultos inseguros e criam mais responsabilidades do que podem carregar, os
adultos se tornam idosos doentes e mal humorados. Por dois segundos me
pergunto: por que tudo isso? A resposta é mais rápida que um piscar de olhos: desperdício. De tempo, de energia, de
criatividade, de vida.
Nossa
geração está acostumada a ser péssima naquilo que nos obrigam a ser bons.
Constantes frustrações e cobranças nos fazem duvidar do futuro e apenas
sobreviver. Liberdade é apenas mais uma palavra bonita que vejo tatuada em
pessoas que ao menos sabem o que realmente significam. O egoísmo e a avareza
têm dominado a maioria das pessoas que conheço, e rezo para que seja realmente
apenas mais uma fase que todo mundo passa.
Geração y,
ou geração coca cola foi substituída pela geração idiota. Dinheiro e
futilidades têm mais importância do que uma boa companhia. Vejo gente mentindo
e vendendo-se por tão pouco, quase nem consigo acreditar. Nos acomodamos a
pensar que nada mudará e que para nos encaixarmos na sociedade hipócrita de
hoje em dia, temos que ser iguais.
Todas as
noites peço baixinho para que eu não me perca nesse mundo louco onde a inveja é
a protagonista, e que eu e meus sonhos não sejamos infectados por essa falta de
amor e de esperança na vida. Quando eu crescer só quero ser feliz.
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