O ano
praticamente acabou de começar e eu já passei por algumas provas de resistência.
Precisei de um tempo. Pra mim. Pra minha bagunça interna. Pra minha falta de
ânimo. Pra recuperar a esperança e fé na vida que perdi. Pra chorar até secar e
ir para o fundo do poço mesmo. Pra repensar em todas as minhas escolhas.
Surtei. Cheguei ao ponto de ter uma receita de tarja preta nas minhas mãos e
não sabia como tinha chegado naquele ponto.
Tive
vergonha de mim, por ser fraca a esse ponto. Por cair e simplesmente não ter a mínima
vontade de levantar. Por sempre ter que abrir mão das minhas vontades pelas dos
outros. Por ter pena de mim mesma. Por fingir sempre que está tudo bem e engolir
pessoas desnecessárias. Por me importar com tanta gente idiota.
Agora posso
dizer que estou me reerguendo. Não é fácil, pode acreditar que mesmo que você
me veja sorrindo ou tirando onda, aqui dentro ainda permanece um caos infernal.
Mas estou dando um passo de cada vez. Tentando acreditar que tudo tem um
propósito e estou sendo testada para ver se sou merecedora de coisas boas.
Focando no hoje para meu futuro ser bom amanhã. Agradecendo por ver que ainda
tenho algumas – poucas – pessoas boas comigo, me segurando toda vez em que ouso
cair. E deixando ir embora qualquer pessoa que não queira ficar.
Busco o equilíbrio
nas pequenas coisas, e sorrio baixinho toda vez em que lembro que um dia tudo
vai melhorar. A gente não pode somente deixar a vida passar e não fazer nada
esperando que aconteça alguma coisa. Aprendi que tudo depende de nós mesmos,
ninguém fará por nós. Comecei a ser mais auto suficiente e isso só tem me feito
bem.
Continuo a
mesma, agora com umas cicatrizes a mais, porém com uma fé incalculável na vida.
Nas pessoas. No destino.
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