Durante anos ela tentou ser boa o suficiente para todo
mundo. Sempre se doou mais do que recebeu, sempre esboçava sorrisos amarelos e
fingia estar tudo bem. Sinceramente revendo o filme de sua vida, ela poucas
vezes se sentiu querida o suficiente a ponto de ser ela mesma.
Na maioria das vezes evitava conflitos, evitava encontros,
evitada ser notada. Ser invisível às vezes era sua única saída. Assim, ela não
corria o risco de se sentir sozinha.
Ironicamente ela viva rodeada de pessoas o dia todo, mas
dentro dela era oco. Nunca conseguia entender o real motivo das pessoas
subliminarmente a deixarem triste. Diversas vezes achava que era mania de perseguição,
mas com o tempo acabou vendo que tudo era uma triste realidade: as pessoas que
ela mais gostava, não gostavam dela.
Foi então que ela decidiu se afastar. Quebrar esse laço que
só ela segurava, e resolveu sair por aí, sendo ela mesma, mesmo que isso fosse
a maior retardadisse do mundo inteiro. Ela parou de tentar ser querida e legal
e descolada pra todos e passou a ser boa suficiente pra ela mesma.
A verdade é o mais clichê: todos vão te julgar e apontar
seus defeitos e falhas. Cabe a você decidir o que conta mais na sua consciência
e foi o que ela fez. Começou a levar em conta só o que ela queria e pensava, e até
hoje evita desgastes com pessoas que não sentem a sua falta.
Fiquei sabendo que ela sente saudades das pessoas, mas ela
encontrou nela mesma algo que ninguém pode lhe dar.
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