Nunca soube falar sobre amores que não fossem o de mãe, o de
amiga ou de fã. Minha alma desconhecia todo e qualquer tipo de ligação que
pudesse haver entre dois seres tão diferentes, mas ao mesmo tempo que se
completam de maneira absurdamente doce.
Daqui treze dias fará um ano, e nem sei por onde começar a
agradecer. Nunca tinha deixado alguém me decifrar, nunca quis que meus
problemas e medos fossem descobertos por qualquer pessoa, mas realmente quando
alguma coisa é pra acontecer, simplesmente acontece, mesmo que a gente tente
impedir. Não se pode nadar contra o amor.
Realmente o amor é aquela frase clichê mesmo, que é amar
alguém com seus defeitos e qualidades, entender e aceitar que duas almas não
podem ser iguais pois elas tem que se encaixar e não serem gêmeas.
E depois de muito relutar, decidi seguir em frente e me
deixar viver. Sem medo, sem passado, sem futuro, apenas nós e o presente
daquele verão que nunca será esquecido. E cá voltamos para outro verão, segundo
de muitos que estão vindo pela frente.
E de todas as escolhas que eu fiz, essa foi uma das mais
certas, arrependimento só existe em nunca termos nos falado antes, que ironia
da vida.
A melhor coisa da vida é amar, cuidar, mimar, e ajudar
alguém que sempre te faz cafuné pra dormir, que te cuida, te tapa, te coloca
pijama quando o sono tomou conta, te da maçã raspada na boca quando tu não está
bem, que levanta a hora que for pra te dar remédio, que te leva a qualquer
lugar, que está sempre contigo, que gosta até dos teus ídolos e mil outras
coisas.
Que sorte a minha, eu que nunca acreditei em
relacionamentos, hoje vejo que eu passei por todas as coisas ruins, por caras
idiotas, por problemas e tristezas só para dar o devido valor a esse amor que
me faz feliz a cada dia que passa.
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