Tem dias em que a gente simplesmente não sabe agir, não sabe
responder, não sabe expressar quem somos, do que gostamos, do que temos medo e
do que queremos.
Prestes a fazer dezenove (sim, estou ficando velha) me
peguei pensando em quem sou eu, e do que eu realmente gosto, porque por mais
que seja ridículo há dias em que precisamos não ser o que somos e não gostar do
que gostamos. É meio complicado para entender, mas faz muito sentido depois que
a gente compreende.
Sou muito geniosa e parecida com meu pai mesmo que eu
renegue isso a vida toda, sou orgulhosa demais e na maioria das vezes sofro por
isso, sou muito dramática e noiada numa escala de 0 a 10 é 1000, sou muito
chorona e isso me irrita as vezes em que preciso mas não consigo ser forte, sou
muito carente de amor e amizade mesmo que eu tenha uma mãe que valha por um
milhão e um namorado e algumas amizades
sempre quero mais atenção e carinho, sou viciada em doces e chimarrão e
é por isso que tenho (um leve (ta, sabemos que não é leve, mas finjam que é um
leve)) peso a mais do que a minha altura proporciona, sou extremamente sem paciência
e por mais que eu tente controlar nunca consigo, sou muito sonhadora e as vezes
isso é decepcionante afinal nem sempre conseguimos alcançar o que almejamos.
Amo tardes (e finais de tarde) livres pra poder ficar de
bobeira, amo cinema pipoca doce e filmes água-com-açúcar, amo sou apaixonada
por bichinhos de pelúcia, amo festas de família (mesmo que sejam raras), amo
verão calor e praia (mesmo que eu odeie areia), amo poder ser retardada com as
pessoas que mais amo, amo tirar fotos (mesmo que eu não seja fotogênica), amo
surpresas boas (mas boas mesmo!!!!), amo tatuagens, piercings, dreads, eticetera,
amo ler e escrever mais ainda, amo organizar minhas coisas quando tenho tempo,
amo estar virando loira completamente, amo amendoim (salgado e doce
coloridinho), amo tomar água, amo tanta coisa que levaria a vida toda
citando-as.
Tem vezes em que é bom parar e ver quem somos e o que
amamos, porque nessa correria da vida de hoje em dia, algumas coisas ficam mais
superficiais, mas a nossa essência ainda é um dos bens mais preciosos que possuímos,
e que dinheiro nenhum pode comprar.