quinta-feira, 24 de julho de 2014

Nada além.

Faz um tempo que deixei de correr atrás das pessoas. Pensem naquela pessoa que chegava a ser chata de tanto correr atrás e demonstrar afeto e saudade. E em dezoito anos de vida, o que eu ganhei com isso? Decepções.
Enxerguei que quem realmente sentir minha falta vai me procurar, e quem não sente vai sumir. Exatamente! Vi tanta gente sumir de uns tempos pra cá, no começo foi realmente bem difícil, fiquei meio depressiva, não sabia bem lidar com isso.
Não vou dizer que não dói. Dói, e muito. Mas, aos pouquinhos, de grão em grão fui (e continuo) aprendendo que quem gosta de mim vai demonstrar nem que seja em pequenos gestos. Às vezes é bom algo grandioso, a gente fica seguro da importância que tem na vida das pessoas, mas também aqueles pequenos gestos do dia a dia são um tesouro.
Mas, é muito bom chegar ao final do dia e saber que apenas os verdadeiros estão comigo. Os de fé mesmo, aqueles que posso dizer que são pra sempre. Consigo contar nos dedos quem são, e olhando pra trás tudo faz um certo sentido. Algumas pessoas literalmente vão embora de nossas vidas, saem pra nunca mais voltar. Demorei pra entender isso, mas hoje em dia consigo enxergar que amigos verdadeiros são aqueles que suportam a minha felicidade. Os outros não importam mais, os outros são apenas os outros, o resto. E isso não faz mais falta pra mim.
Sei quem me ama e quem me quer por perto, e isso é meu maior bem, a melhor recompensa por ser quem eu sou, sem tentar agradar ninguém, sem forçar nada. Sem fingir, sem máscaras, sem rótulos, sem casca.

O mundo dá voltas e no fim a gente se encontra e encontra a verdade, abraça os verdadeiros e segue caminhando.




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