Me pergunto como o mundo pode ser tão pequeno e dar tantas
voltas. Dia desses estava morrendo de saudade de uma velha amizade que achei
que não teria volta e hoje me vejo rindo e contando minha vida e como as coisas
estão após tanto tempo sem contato. Jurei pra mim mesma que não me submeteria a
dor de colocar um piercing no nariz de novo, e adivinhem quem está com uma
argolinha novamente, eu mesma. Em um lugar lotado de gente podemos esbarrar com
alguém que não víamos há séculos (sim, gosto de dar ênfase nas frases) e
realmente gostar de ver que as pessoas mudam, afinal tudo muda.
Às vezes fico meio assustada (talvez não seja essa a palavra
certa, enfim) de como a vida pode ser surpreendente, e engraçada. Pessoas saem
das nossas vidas e depois do nada reaparecem como amizades de conhecidos no teu
círculo social, e inevitavelmente é preciso estar preparado para isso, afinal
nada é eterno e nenhum afastamento é contínuo que nunca mais vire reencontro.
Acho que fui além. Desculpem meus devaneios, mas minha
cabeça é algo que eu nunca vou conseguir entender. Crio raciocínios e histórias
e relembro coisas e prevejo outras, em
questão de segundos e nem sempre escrevendo elas ficam coesas, saem meio tortas
e misturadas. Mas a vida é isso: histórias e vidas se cruzando e nos
surpreendendo, brigas e memórias voltando a nossa lembrança, pessoas que
juramos esquecer voltam ao nosso convívio mesmo que indiretamente e não há nada
que podemos fazer. O mundo continua sendo uma ervilha.
Mas, talvez (bem talvez mesmo) isso seja o rumo normal e
(mais talvez ainda) engraçado da vida. Surpresas constantes, reencontros inimagináveis.
E eu continuo aqui sem correr atrás de ninguém, afinal o que tem que voltar,
volta.
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