Acordei pela manhã e senti tua
falta. Não mais do que todos esses outros dias nesses quase dois anos, porém essa
semana a tua ausência se faz mais presente. Ainda lembro como ficávamos ansiosas
para que o grande dia chegasse, contávamos as horas, fazíamos planos secretos,
faixas que só nós líamos, horas no telefone ajudavam a distância que sempre nos
separou.
Mas agora você não está aqui. Nem de
corpo nem de alma. Me deixou sozinha, e se quer perguntou se estava tudo bem
pra mim, apenas virou as costas e decidiu virar a esquina sem segurar a minha
mão. É como sofrer pela morte de alguém que continua vivo, mas que morreu aqui
dentro do meu coração.
Sei que as coisas nunca foram
simples, mas eu apesar de tudo continuei, e pretendo seguir nessa vida inexplicável
até parar de respirar. Mas, você encontrou pessoas mais interessantes e
resolveu descartar a pessoa que mais se importava com teu sonho e teu bem
estar. Diversas vezes abri mão das minhas escolhas para podermos fazer tudo juntas,
mas você deve ter tido uma amnésia e simplesmente sumiu do mapa.
Confesso que é difícil aceitar a ideia de que não há volta,
e que terei de conviver a vida toda com essa saudade.
Não sei de onde, mas encontrei forças para continuar, mesmo
que sozinha. Eu continuo por aquelas duas meninas que achavam que o mundo seria
delas um dia. E que sonhos podiam ser realizados.
Elas nos matariam se
soubessem o que aconteceu com a gente.
E continuo, contando os segundos para o próximo sábado, e
para fechar os olhos e sentir aquele arrepio quando anunciarem eles no palco.
Eles continuam sendo a melhor parte de mim, e desistir disso não está nos meus
planos.
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