É muito
clichê, mas certa vez li uma frase que faz todo sentido no momento: “O tempo
não cura tudo, na verdade ele não cura nada. Ele só tira o incurável do centro
das atenções.” E realmente é assim. Cá estou eu, no auge dos meus quase vinte
anos, com toda a vida pela frente – eu espero – e continuo tendo minhas crises
de nostalgia sentindo saudade de um passado que completa seis anos esse ano. 22
de dezembro para ser específica. Foi aonde tudo virou passado e eu me tornei
uma saudade ambulante carregando minhas dores e cicatrizes, me tornei outra
pessoa e com um bocado de solidão na bagagem.
Ontem
voltando para “casa” ouvi a repentinamente a última música antes de desligar o
celular e tirar os fones de ouvido para descer, e ela é bem antiga.
Especificamente dessa época que eu sinto saudade sempre. E eu odeio essa parte
aqui. Odeio mesmo.
Nunca
estamos preparados para o novo, para mudar, e até nos adaptarmos leva certo
tempo, porém, sinto que ainda não consegui aceitar que terei de conviver com
essa falta no peito até o resto dos meus dias. Obviamente já não choro todos
dias por isso como cinco anos atrás, já não sou mais revoltada com a vida – não
por esse motivo – e consigo viver alguns dias sem lembrar, mas quando eu lembro
parece que minha alma vai explodir de saudade.
Cresci muito
após essa perda. E infelizmente só agora nos últimos tempos consegui entender
que todos mudaram. Já não são mais meus irmãos, aqueles que eu podia contar
sempre mesmo que houvessem desavenças. E foi difícil sabe, nossa, foi mega difícil
reconhecer e entender isso. Mas a vida segue, eu sigo e todo mundo segue.
Um dia sei
que vou terminar aquele bendito livro que um dia eu comecei, e talvez seja aí,
terminando esse livro que eu consiga colocar uma pedra em cima desse assunto e
parar de sentir saudade e querer voltar no tempo e parar exatamente naquele
ano.
Bem talvez, essa seja a música e bem talvez ela defina tudo
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