Não importa
em quantos pedaços a tua alma foi partida, o tempo não para pra que você a
conserte. Não importa quantas crises de choro tu tenha, as pessoas não param
pra que tu melhore. Nos resta apenas continuar. Fingir que nada nos afetou e
colocar um sorriso no rosto é exercício diário.
Eu não
deveria, mas eu me acostumo. A dizer que estou bem – afinal eu estou
caminhando, respirando e meu coração está batendo, e estar bem é diferente de
estar feliz, certo? – a colocar meus sentimentos e vontades em último lugar e
priorizar as vontades e sentimentos das pessoas que eu amo, a fazer tudo por
todo mundo sempre e quando eu mais preciso conto nos dedos quem vem me ajudar.
Eu não deveria, mas eu me acostumo. A fingir que tenho uma vida normal e que
estou fazendo minhas próprias escolhas, a sorrir sempre não importa o quão destruída
eu esteja por dentro, a engolir todo e qualquer tipo de indireta que me perfura
o coração, a aturar pessoas gananciosas e egoístas, a fazer da minha vida uma
série de desventuras.
Sinceramente
não sei bem aonde isso tudo vai parar. E se vai parar.
Mas ainda
tenho a escrita que me liberta em momentos como agora, ainda tenho o amor das
pessoas que eu amo, e ainda tenho alguns sonhos que me dão um certo de gás para
continuar. Não posso agir de outro jeito a não ser continuar. A vida sempre
continua, o tempo sempre continua e as pessoas sempre continuam. Não há como
parar para criar umas forças extras, na existe intervalo na vida.
Enquanto
isso, vou seguindo.
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