Falei tanto sobre escolhas e cá estou eu mais uma
vez, indo de encontro ao arrependimento. Sentimentos dos outros, pensamento dos
outros, coração dos outros, tudo dos outros sempre vem antes de eu fazer o que
eu realmente quero. Olho em volta e me pergunto como eu ainda não surtei. Não
sei.
Às vezes acho que nasci pra isso, e me conformo. Às
vezes acho que eu deveria jogar tudo pro alto e sair por aí sendo aquela que
todos dizem que eu sou e que só está escondida em algum lugar.
E nesse vai e vem eu continuo parada, vendo as
pessoas viverem as minhas vontades, realizarem os meus sonhos. E eu devo estar
feliz pois agi com a razão, e fiz “o certo”. Só esqueceram de me perguntar qual
o meu certo.
Quem sabe um dia eu tome coragem, acorde pra vida e
comece a me preocupar apenas comigo mesma, e me amar mais, viver mais, sorrir
mais e escolher mais tudo que eu achar conveniente.
Sempre achei que quando a gente se importa com
alguém de verdade, a felicidade dela deve ser prioridade, e não podemos medir
esforços para isso, mesmo que custe caro. E eu concordo, afinal minhas escolhas
são o preço que eu pago todos os dias, só que chega uma hora em que a gente
cansa de sempre se sacrificar, isso sufoca e atormenta a alma.
Talvez eu só precise de um pouco mais de calma.
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