Naquela
noite quem dera eu soubesse que tudo ia mudar. Obviamente eu sabia que algumas
mudariam, mas não tinha a real proporção. Aquela pré adolescente com apenas quatorze
anos que achava que sabia tudo sobre a vida e que tinha amigos verdadeiros do
lado se tornou alguém que ela sempre jurou que nunca seria.
Mas posso
dizer que talvez tudo isso tenha me feito de certa forma algum bem.
Não sou
nenhuma uma mulher alienada, cresci tanto que você nem pode imaginar. Aprendi
na marra que amigos verdadeiros eu posso contar em cinco dedos, me vi sozinha
no meio de um bando de gente apressada e infelizmente me tornei uma delas. Sem paciência,
sem tempo, sem bom humor, e sem graça. E
até um pouco melancólica.
Acredito que
todo mundo sente saudade, mas a diferença é que tem gente que apenas sente e
diz isso, e tem gente que sente e procura estar perto. E em quase duas décadas
de vida – ainda estou superando o fato de que daqui sete meses terei vinte –
tive uma perda misturada com decepção que talvez nunca será reparada. Pessoas
são insubstituíveis e nada nem ninguém pode desfazer isso.
Mas, se teve
uma coisa que eu aprendi mesmo, é que a vida segue. Mesmo com coração partido,
mesmo com a vida bagunçada, mesmo com as marcas de um passado, mesmo sem tempo
algum, mesmo sem você aqui comigo presente ao menos de alma pra me mostrar que
eu tinha alguém por mim e por você.
Você foi
embora, e eu segui.
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