quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Tão triste. Tão eu.

Estou bem. Estou bem. Estou bem.

Repito isso incansavelmente tantas vezes que até acredito por alguns instantes que é verdade, mas quando a realidade se faz presente eu percebo que sou extremante frágil, como uma brisa passageira e que todos esses temporais que têm caído sobre mim me afetam da maneira mais profunda do que os olhos podem ver.

Às vezes me pergunto: “Por que tudo isso?” – obviamente nunca tenho uma resposta plausível e que me convença de que estou no caminho certo, e que obviamente todas as fases são testes que por algum motivo maior – e que eu desconheço – me farão ser forte e merecedora de todas as coisas boas do futuro.

Futuro. Vivo tanto pensando nele, me questionando como serão as coisas daqui cinco, dez anos, fazendo todos os esforços possíveis – e impossíveis -, ultrapassando todos os limites de uma mente sã, para que lá na frente tudo tenha valido a pena. O problema é que não sei como serei daqui um tempo. Nem tenho me reconhecido mais nos últimos meses. Arrisco a dizer que não sou aquela quem eu queria ser. E que talvez nunca mais seja.

Vejo rostos a todo instante, porém são poucos os que conseguem observar minha alma através dos meus olhos azuis e ver que por dentro estou em pedaços, ruínas e sempre que tento me reconstruir vem uma ventania e leva tudo embora.

Entre goles de água e café, tento me manter de pé e sorrir brevemente a cada vez em que me perguntam por qual motivo eu não mudo o rumo da minha vida se não estou feliz. Nunca responderei. Essa resposta juntamente com a minha realidade eu não desejo nem para o meu pior inimigo.



Vou tentar mudar a frase. Talvez “ficar bem” seja mais sincera e me traga um pouco mais alento, de fé, de vida. 

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