Estou bem.
Estou bem. Estou bem.
Repito isso
incansavelmente tantas vezes que até acredito por alguns instantes que é
verdade, mas quando a realidade se faz presente eu percebo que sou extremante
frágil, como uma brisa passageira e que todos esses temporais que têm caído
sobre mim me afetam da maneira mais profunda do que os olhos podem ver.
Às vezes me
pergunto: “Por que tudo isso?” – obviamente nunca tenho uma resposta plausível
e que me convença de que estou no caminho certo, e que obviamente todas as
fases são testes que por algum motivo maior – e que eu desconheço – me farão
ser forte e merecedora de todas as coisas boas do futuro.
Futuro. Vivo
tanto pensando nele, me questionando como serão as coisas daqui cinco, dez
anos, fazendo todos os esforços possíveis – e impossíveis -, ultrapassando
todos os limites de uma mente sã, para que lá na frente tudo tenha valido a
pena. O problema é que não sei como serei daqui um tempo. Nem tenho me
reconhecido mais nos últimos meses. Arrisco a dizer que não sou aquela quem eu
queria ser. E que talvez nunca mais seja.
Vejo rostos
a todo instante, porém são poucos os que conseguem observar minha alma através dos
meus olhos azuis e ver que por dentro estou em pedaços, ruínas e sempre que
tento me reconstruir vem uma ventania e leva tudo embora.
Entre goles
de água e café, tento me manter de pé e sorrir brevemente a cada vez em que me
perguntam por qual motivo eu não mudo o rumo da minha vida se não estou feliz.
Nunca responderei. Essa resposta juntamente com a minha realidade eu não desejo
nem para o meu pior inimigo.
Vou tentar
mudar a frase. Talvez “ficar bem” seja mais sincera e me traga um pouco mais
alento, de fé, de vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário