sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O silêncio que grita.

Inúmeros emails na caixa de entrada, telefone que não para de tocar, grupos de whatsapp que não tenho tempo – nem ânimo – para acompanhar. Com eles faço a mesma coisa que faço com a minha vida: silenciar.

Silenciar minhas vontades, minhas ideias, meus sonhos, meu descanso, minha paz, minha alma. Em meio a esses dias, sinto como supostamente eu estivesse sendo sufocada e por dois segundos fecho meus olhos e imagino todos os meus sonhos sendo realizados, os momentos bons que compartilhei com pessoas maravilhosas, e isso ameniza um pouco a angustia que vem sendo minha companheira nos últimos dias.

Tentar manter o foco e me manter de pé são um exercício diário e por várias vezes muito complicado e que confesso às vezes tenho preguiça de exercer. Mas ainda vivo pelo dia em que acordarei disposta e pronta pra guerra.

Enquanto isso não acontece, continuo por aqui seguindo a vida que “eu escolhi”. E sobrevivendo a cada dia, riscando as datas do calendário, imaginando quando e como tudo começará a dar certo. Cabelo arrumado, um bom rímel nos cílios e um fone de ouvido. Tecnicamente estou pronta.


E é assim que vou vivendo, esperando pelo dia em que a minha vontade de ser feliz seja maior do que a vontade dos outros de decidirem a minha vida. 

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