quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Perdi tanta coisa nesses sete últimos anos. Abdiquei de momentos que toda adolescente sonha. Minhas coisas preferidas ainda estão jogadas em qualquer lugar enchendo de poeira. Nunca falei abertamente sobre esse assunto. É algo muito doloroso. Me desfiz de todo meu quarto, da minha privacidade. Fui tirada da minha vida e das minhas coisas sem nem ter direito de escolha.
O quarto novinho em folha deve ter virado grãos de poeira, os bibelôs devem ter sido consumidos pelas teias de aranha. As lembranças, as memórias, tudo ficou lá, junto com a minha vida.
Queimei tantas etapas da minha vida que me perdi no meio dela. Não vivi todas as coisas que toda garota normal deveria viver, e me sinto meio esquisita sempre que me dou por conta que o tempo perdido não vai voltar.
Precocemente eu virei adulta, com responsabilidades indevidas e descabidas para minha idade, e nunca tive a chance de reverter essa história. Todas as noites durante uns três anos seguidos, eu me imaginava da minha vida de volta. E como seria bom. Me sentia a mais feliz. Até acordar. Me via naquela realidade ridícula e perdia as esperanças de ter tudo aquilo novamente.
Aí que drama essa guria de novo enchendo o saco. Aposto meus cílios que você deve estar pensando isso. Até pode ser uma tempestade imensa num copo d’água, mas eu realmente não desejo isso nem para a pessoa mais detestável do universo.
Queria que tudo fosse diferente, mas agora só cabe a minha lutar por isso. A minha reserva de forças está no negativo. Minha cabeça só gira gira gira e não encontra um lugar para se afirmar. Às vezes me sinto meio desprotegida lutando contra a correnteza sem a certeza de que vou conseguir escapar.




Só uma frase ecoa agora: “Reescrever a história, transformar dor em glória.”                   


Quando a gente acha que as coisas não podem piorar, eis que vem algo e te derruba. Fui muito otimista no post anterior, eu sei e até deveria ter percebido que as coisas nunca são plenamente boas e lindas para mim.
A pior coisa é quando o problema que te deixa no chão está onde deveria ser a tua base. O teu chão. O teu exemplo. O teu refúgio.
É como se fosse uma sangue suga que leva todas as coisas boas e energias que eu demorei para conseguir. Parece que alguém me atropelou, se bem que se eu sobrevivesse a um atropelamento e não tivesse muitos ferimentos seria melhor. Porque ferimentos a gente cuida, e com o tempo cicatriza. Mas e quando a ferida é na alma? No coração? Na mente? O que a gente faz? Finge que não existe nada e que somos plenamente felizes? Fazemos uma oração? Vamos ao médico? Não. Não há nada pra se fazer. Essa é uma ferida que nunca cura.
Não ter paz é a pior coisa da vida. Viver com medo e nervoso. Ter ânsia só de pensar em voltar todos os dias a noite.
Fiquei anos me perguntando porque justo eu, porque justo na minha família, porque eu não poderia ter um pai e uma mãe como a maioria tem e é feliz, porque eu nasci para viver no meio de brigas. Até hoje não encontrei resposta.
Minha cabeça dói agora. Na verdade o que eu sinto vai muito além da dor. Parece que abriram um buraco na minha cabeça e não consigo encontrar nenhum pensamento legal nela.
Eu só queria acordar e ver que tudo não passou de um pesadelo. Juro, é muito clichê eu sei, mas eu queria tanto acreditar que as coisas vão melhorar e vou conseguir esquecer toda essa coisa ruim que eu vivo a dezenove anos.
Essa noite foi uma das piores da minha vida. Choveu demais e agora está abrindo um lindo Sol. Sempre dizem né, que depois da chuva sempre vem o dia bonito e tudo mais, mas essa teoria não funciona muito pra mim.
Meu estômago não vê nada desde ontem a tarde e pela primeira vez na vida não sinto fome, nem nada. Só queria poder dormir uns mil dias.

Está tudo muito confuso, quase não consigo me concentrar em nada. Eu só queria viver em paz.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quem importa.

Não existem mais amigos como antigamente. Aqueles que fariam de tudo por nós, que atravessariam oceanos e pulariam de precipícios para nos salvar.
O que existe hoje em dia são amizades rasas, que evitam se aprofundar e criar laços. O tempo corre e cada dia que passa uma pessoa se afasta. É difícil lidar. Não vou ser hipócrita. Obviamente não estou colocando a culpa nas pessoas e me absolvendo, mas o fato é que muita gente mudou comigo e principalmente os que eu mais considerava. Aí vem aquela janela aberta que fica quando uma porta se fecha e me surpreendo com as pessoas que se aproximam na mesma velocidade que as outras se afastam.
E daí me sinto um pouco melhor. Mais leve. Mais amada.
Não consigo entender essas pessoas que só se aproximam e te veneram quando precisam de algo, ou quando querem se promover as custas de méritos dos outros. Isso não faz sentido, viver uma vida baseada em status, e futilidade.
Queria que as pessoas vissem como me tornei alguém melhor nesses últimos tempos. Queria que o tempo não corresse tanto para poder mostrar ao mundo e aos que me rodeiam que não sou mais aquela chata e braba de anos atrás. Mas, as pessoas não estão interessadas nisso. Na verdade ninguém está.
Me resta guardar o meu melhor para os verdadeiros que ainda me restaram. Escrever meu destino com eles do meu lado, seguindo e tentando ser melhor a cada dia.

Milhões de pessoas vão tentar me derrubar, mas estarei sempre pronta para cair dez vezes e levantar onze.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Siga. Vá. Ande. Não caia. Sorria. Aceite e agradeça.

O que tiver que ser, será.
Eu sempre fiquei muito confusa com essa frase, sempre achei que não deveria ser assim, afinal nós fazemos nosso destino. Mas de uns tempos pra cá, eu estou aceitando que ela tem um fundo de verdade.
Há pessoas que estão predestinadas a viver uma espécie de carma, que nem sempre é ruim, mas não há como negar que o futuro é algo a ser buscado. É certo que existem atitudes irreversíveis, mas não consigo entender como algumas pessoas cometem o mesmo erro milhões de vezes, mesmo sabendo que aquilo não está certo.
Pra mim isso é burrice, sinceramente. Continuar tentando concertar uma lâmpada que quebrou, juntar um pedaço de pão que caiu com a manteiga para baixo, aceitar mil desculpas e pedidos de segundas chances, isso não faz sentido para mim.
Como diria um mestre do rap: “Errar é humano, persistir no erro é burrice
Mas persistir na burrice, é pedir pra ser vice.”
A vida deve ser vivida com a tentativa de sempre ser melhor, não regredir nem passar por cima dos nossos valores e ideais. Eles nos tornaram quem somos hoje, são nosso alicerce. Às vezes nosso maior defeito é a teimosia. Pagar para ver, apostar todas as fichas em algo que sabemos que vai dar errado no final.

É a mesma coisa que entrar em um jogo sabendo que vamos perder. O tempo não volta, olhar pra frente é essencial para uma vida plena e repleta de escolhas bem feitas. Vamos nos libertar de amarras e meias verdades e meios amores. Vamos viver por inteiro, vamos nos deixar levar apenas pela sensação de liberdade. Há coisas que não podem ser concertadas nem esquecidas. Quando algo virou nó, é porque deixou de ser laço.

happiness of summer

Eu tentei me manter afastada, mas você me conhece, eu faço tudo errado.

Essa frase me define no momento. Jurei que pararia de escrever aqui publicamente, porém esse blog virou parte de mim, ele percorre minhas veias e eu não poderia simplesmente abandoná-lo.
Minha essência é escrever. É sentir. É pensar. É imaginar. É sonhar.
Se não fosse assim, não seria eu.
Meus dias têm sido cada vez mais cansativos, nem se eu dormir mil horas seguidas será o suficiente. Meu corpo e minha mente imploram por férias daquelas inesquecíveis, por descanso mais que merecido, por good vibes de final de ano. Já poderia ser dezembro e tudo isso poderia se realizar.
Meu corpo já chegou até aqui. Final de outubro. Quem diria, um ano praticamente apenas estudando e trabalhando. Me divertindo quando dá. E sempre querendo mais cinco minutinhos.
Mas continuo aqui, esperando ansiosamente o verão e tudo isso que eu sempre quis. Esse verão tem que ser do jeito que eu mereço. Necessito viver tudo que sempre idealizei nesses dezenove anos de vida. Liberdade, sair sem hora pra voltar e sem dar explicações. Fazer o meu destino e minha vida. Aproveitar o máximo. Só quero as pessoas boas do meu lado, só quero música boa e muita serenidade.

Não há cansaço algum que permaneça no verão.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

DESATIVADO.

Não sei se alguém lê esse blog. Mas se houver alguém que leia, sinto na obrigação de dar uma satisfação.
Esse blog foi a melhor coisa que eu fiz ano passado sem dúvida alguma. Mas às vezes é preciso abandonar algumas coisas, mesmo que elas sejam importantes para nós.
E isso que estou fazendo agora. Por diversos motivos, estou desativando permanentemente esse blog. Não sei se ele será ativado, nem quando.
Vai ser bom (espero que seja) para mim e minha vida.
Chegou a hora de recomeçar, abandonando meus vícios (escrever e redes sociais) e levando comigo a certeza de que escolhas nunca são fáceis, mas também não são eternas.
Confessando aqui só para quem está lendo: vou sentir falta. Na verdade muita falta. Na verdade mesmo uma ultra mega power falta. Mas a vida têm disso às vezes. Precisamos fazer sacrifícios mesmo que sejam dolorosos.
Não perdi meu sonho de escrever livros, nem vou abandonar a escrita. Apenas vou deixá-las guardadas em lugares só meus.

Não sei se volto. Nem quando volto.
Então só queria agradecer a quem leu meu blog singelo durante esse um ano. Muito obrigada. Não há escritor sem leitor.

Tchau.

Chove.

Algumas coisas não precisam ser ditas para serem entendidas. Às vezes a gente precisa ficar em silêncio, mas essa é a pior parte. O silêncio grita, grita alto. Não há mensagens na caixa de entrada, a campainha não toca, o telefone permanece em silêncio, o whatsapp silencia e o que resta é apenas o barulho da chuva inconstante e gelada que cai lá fora. O silêncio fala para quem quiser ouvir. E mesmo que não haja nenhum sinal de comunicação, você entende o recado.
Até eu que sempre fui de falar, conversar e escrever me encontro meio vazia. Meio sem inspiração, cheia de meias coisas quebradas aqui dentro. Parece que um caminhão me atropelou e levou tudo.
Não consigo me concentrar em nada, qualquer coisa mínima desvia minha atenção, olho de cinco em cinco minutos para o relógio e faz uns dois anos que é uma hora da tarde.
Odeio quando as horas não passam e eu fico aqui desperdiçando meu tempo com mil coisas ruins girando na minha cabeça. Sempre fui cabeça dura, e faz um certo tempo que aprendi a mudar alguns jeitos e pensamentos, mas dessa vez não consigo ver outro lado. Apenas o meu. A minha tristeza e decepção. A gente sempre tenta ver um lado bom, uma boa intenção, a verdade sincera, mas há vezes em que é impossível não ser oito ou oitenta.

E agora me encontro aqui. Incerta de que esse silêncio será quebrado, tentando juntar uns pedacinhos que restaram de mim por aí. Esperando a chuva ir embora e Sol abrir.

Afundando.

A gente nunca sabe quando vai se decepcionar. O desencanto aparece nas pequenas coisas do dia-a-dia, e a gente tropeça em pequenas coisa que no final das contas se tornam uma bola de neve.
Nunca fui boa em lidar com sentimentos, e pessoas. E nem sei se algum dia saberei me manter firme diante de alguma situação. Odeio me sentir de mãos atadas. Porque não adianta fazer de tudo, ou pelo menos tentar mostrar, abrir os olhos e ninguém enxergar nada.
Certamente a doida será eu. Prevejo frases de represália, prevejo até mesmo eu virando a vilã da história. Normalmente as coisas são assim. Sempre.
No momento não sei como me sentir referente às peças que a vida prega na gente. Não sei nem pensar direito. Me sinto estranhamente querendo sumir do mapa por alguns dias, quem sabe até meses.
E o pior de tudo é que eu peço. Eu falo. Eu mostro. Eu demonstro. Eu vejo. Eu sinto. E eu rezo todos os dias para me manter calma e não tomar nenhuma decisão precoce.
Sabe aqueles filmes em que a embarcação naufraga e restam apenas cacos no mar? Me sinto assim agora. Em cima de algo quebrado, perdida naquela imensidão azul do mar. Sozinha. Pedindo forças e segurando as lágrimas que insistem em me visitar.

E infelizmente a gente sabe que esses filmes raramente terminam com finais felizes. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Às vezes tenho vontade de escrever sobre tudo em um mesmo post. Isso facilitaria muito a minha vida, mas não sairia coeso e específico sobre algo.
Mesmo que em certos momentos eu me mantenha quieta, estou sempre pensando, observando e analisando a vida, as pessoas, as escolhas e tudo que nos rodeia.
Vejo tanta gente esquecendo do amor próprio, esquecendo que existe vida além de um relacionamento, perdendo tempo com coisas desnecessárias.
Mesmo eu sendo nova, eu sei de muitas coisas que pessoas mais velhas não se dão conta.
Certa vez eu li uma frase que dizia que se carinho e afeto não se imploram, e se não é dado espontaneamente não vale a pena ter. É meio frio, eu sei. Mas é a mais pura verdade, infelizmente. A gente muda tanto em tão pouco tempo, e acabamos esquecendo de pensar na gente primeiro.
Não estou dizendo que sou a rainha da inteligência e do bom senso, muito pelo contrário, mas é errando que a gente aprende. Ou pelo menos deveria ser assim.
E se tem uma outra coisa que eu também aprendi é que você tem de querer. Embora eu queira muito, mesmo eu querendo em dobro, não há como querer por você.


Essas coisas giram na minha cabeça sempre que eu me decepciono ou até mesmo quando eu estou só refletindo sobre tudo. Faz muito tempo (ou nem tanto tempo assim) que passo dias tentando encontrar uma fórmula mágica para solucionar essas mil loucuras que passam aqui na minha mente, mas lembrei agora que não basta a gente mudar. O mundo tem que nos acompanhar. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Não duvide.

Vai chegar o dia em que vou acordar pela manhã empolgada com o meu dia. Vai chegar o dia em que estarei disposta a passar uma hora me maquiando e me arrumando antes de sair. Vai chegar o dia em que pegarei meu carro e irei ao meu emprego com um sorriso no rosto. Vai chegar o dia em que as pessoas me olharão na rua e dirão: “nossa que mulher linda, e realizada”. Vai chegar o dia em que minha família por completo terá orgulho de mim, das minhas escolhas. Vai chegar o dia em que passarei o dia envolvida com mil coisas interessantes, e nada vai tirar meu foco. Vai chegar o dia em que sairei do emprego, passarei na casa de uma amiga para ver meu afilhado(a) e tomar um chimarrão no final da tarde. Vai chegar o dia em que voltarei para minha casa com compras fresquinhas, prepararei o jantar e esperarei alguns minutos meu amor chegar. Vai chegar o dia em que o dia começará e terminará bem. Em paz. Em harmonia. Com sorrisos no rosto.
Escrevo tanto sobre o que eu sonho e quero, desejo tanto isso e sei que pode até demorar, mas vai chegar. E vai ser muito melhor do que eu sempre imaginei.
Vai chegar o dia em que não haverá mais brigas, gritos, cobranças e preocupações inacabáveis. Vai chegar o dia em que eu vou me olhar no espelho e me admirar. Ter orgulho de ter passado por inúmeras coisas e mesmo assim não ter desistido. Vou ter orgulho de mim. Da minha vida. Vai chegar o dia em que distâncias serão quebradas, e não faltará ânimo para nada. Vai chegar o dia em que todos os dias serão finais de semana, todos os dias serão alegres e cheios de vida.

Vai chegar o dia em que só escreverei minha realidade aqui, e cada postagem será como eu sempre quis. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Yeah.

Passei dezoito anos da minha vida sem ter certeza de que eu amaria alguém na vida além de a minha mãe e o Diego. Sempre tive plena convicção que não nasci para melosidades, nem namoros sério e casamento então? Cruz credo. Longe de mim. Eca.
Tive minhas paixonites descabidas como qualquer pessoa. Me magoei muito, chorei muito e quando eu cansei disso tudo gritei aos quatro cantos do mundo que eu não queria mais gostar de ninguém.
Mas aí, o verão veio e com ele veio também uma história de verão. Aquelas que surgem (literalmente) da noite pro dia, e que não tinha nada para dar certo. Coisa de noite sabe? Aham. Essa coisa de noite já dura oito meses.
Começou diferente de tudo, não havia ninguém entre a gente. Nem amores mal resolvidos, nem brigas internas, nem nada. Era apenas a gente. Nós. O verão. E nossos amigos em comum.
Às vezes nem eu acredito que já vivi tanta coisa com alguém que eu sempre conheci, mas nunca troquei se quer uma palavra. A vida é louca, eu sei. O destino mais ainda.
Eu que sempre amei o calor e o verão, tenho mais um motivo para agradecer à eles, pois me trouxeram não só um namorado, mas sim o amor da minha vida. Confessando aqui, só entre a gente ta? Ele me despertou até a vontade de casar, ter filhos e uma família típica de comercial de margarina. Muito cedo para isso, eu sei, mas em um futuro relativamente próximo (e longe) eu quero muito. Podem rir, é meloso e cafona. Eu sei. Mas o amor é meio maluco cara, ele te faz pensar e sentir coisas que nunca sentimos antes.
Estou aqui esperando o verão chegar, para renovarmos um ciclo e recomeçarmos como se fosse à primeira vez. Vivermos tudo em dobro. E com o dobro de amor. E que isso se mantenha nos próximos mil verões. 



https://www.youtube.com/watch?v=ebXbLfLACGM

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Então aproveite.

Como o tempo passa rápido.
Ainda lembro que exatamente há um ano atrás eu estava mega nervosa com os três shows que os meus ídolos fariam aqui em outubro.
Aquele final de semana foi incrível. Hotel em gramado com minhas amigas, camarim, show, riso, choro, voltar para Porto Alegre, saudade, cansaço, depressão pós e pré show.
Agora eu olho em volta e vejo quanta coisa mudou. Aquela Vitória que vivia em crises amorosas não correspondidas e sem saber o que fazer do futuro não existe mais.
Vejo hoje em dia alguém bem mais madura. Realizada pessoalmente, e consolidando de grão em grão uma busca para um futuro estável. Me sinto plena. Me sinto em paz nesse exato momento.
As coisas passam rápido demais, portanto devemos aproveitar cada minuto com sabedoria e liberdade, tirando de tudo sempre uma nova lição e um aprendizado. Aproveitar a vida, e as pessoas que nos rodeiam deve ser regra.
Só desejo coisas boas para esse horário de verão que está chegando, só quero paz e amor. Apenas disso que nós precisamos.
Que esse verão seja repleto de coisas melhores que o verão passado, quero o dobro de sorrisos e o triplo de harmonia. Quero que seja doce, que seja leve mas que seja tumultuado de pessoas boas e vibrantes.

Vem verão, vem Sol, vem melhor época da vida.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

04/10/2014

Nunca vou conseguir explicar. Nem agradecer o suficiente.
Sempre tive exemplos ruins de comemoração de aniversários, mas esses dezenove anos irão ficar guardados pra sempre na minha melhor lembrança.
A dedicação e o carinho com que prepararam a festa surpresa para mim, o empenho para eu não desconfiar de nada, os detalhes da festa, tudo me fascinou.
Meu dia foi ótimo, e que seja sempre assim de agora em diante.
Almocei com as melhores pessoas que me transbordaram afeto, e me fizeram um bem enorme, não saberei explicar nem nessa nem nas próximas mil vidas.
Fui enganada direitinho, não percebi nada.
Nunca me senti tão importante e amada na vida, ver as pessoas que eu amo lá, foi incrível uma sensação única.
Amigos do fundamental que me acompanham até hoje, amigos do ensino médio que me fazem falta, parentes, amigos próximos, minha mãe, meus sogros e meu namorado. Faltaram pessoas que ajudaram mas não puderam comparecer, infelizmente.
Nunca vou conseguir esquecer. Mesmo.
Só tenho agradecer a minha mãe pela ideia e pelo carinho e educação que me deu nesses dezenove anos de vida. Ela é mãe e pai. Ela é a minha base mais sólida. Minha rainha.
Minhas amigas que me esconderam tudo, e me fizeram acreditar que não lembraram da data, e por me aturarem todos esses anos.
Aos amigos também afinal se não fossem eles eu não teria em quem bater e zoar. Eles me enganaram muito bem.
Aos amigos da família e tia e prima. A presença deles foi demais.
E por último, mas não menos importante ao casal que sempre está presente na nossa vida, ajudando e me enganando pela segunda vez. Espero ser madrinha do casório, quando houver.
E obviamente ao meu namorado e meus sogros. Ganhei uma segunda família que amo demais, espero poder retribuir todo carinho e atenção que eles tem por mim.
Talvez a maioria deles não leia isso, mas o amor que tenho por todos eles, é imensurável.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Posso afirmar com toda a certeza que quando um escritor está triste, ou incomodado é bem mais fácil escrever. As palavras fluem de uma maneira extraordinária, chega a ser mágico. Mas um escritor que se preze tem que saber escrever em todos os momentos, não importa o humor nem os pensamentos.
Esse é o segundo texto do dia, e pretendo falar sobre algo bem diferente do último post. Queria falar sobre as mudanças que acontecem nos relacionamentos depois de um certo tempo.
Querendo ou não, nós sabemos que devido a falta de tempo, o cansaço e algumas brigas, todo relacionamento fica desgastado. Mas e quando o casal já não é nem de longe a sombra do que já foi um dia? O que fazer? Sinceramente não sei.
Só sei que é bem difícil encarar e assumir essa fase. Sim, fase. Porque depois tudo se ajeita e se encaixa, mas o problema é se o relacionamento não suportar uma crise. Afinal ninguém é uma muralha inafetável, e infelizmente pequenas coisas ainda tem o maior valor e quando não feitas ou ditas, se transformam em um abismo que separa as pessoas.
 Tem gente que se contenta com metades, meias palavras, meia felicidade, meio final de semana legal, meio abraço, meia demonstração de afeto. Porém a maioria das pessoas quer tudo, quer inteiro, quer os cem por cento.
Quem dera que o amor fosse tudo, quem dera... Na verdade posso dizer que em alguns casos o amor é a parte menor do suporte de um relacionamento. E não estou louca não, sei de casos assim mas não vem ao caso no momento. O que de fato importa é até que ponto o relacionamento vai durar se o abismo não for diminuído. Também não sei.
O que eu sei é que a cada minuto um relacionamento termina ou se desgasta mais ainda por palavras não ditas, por atitudes não feitas e por rotinas que não são quebradas.


“Mas, se não cuida do amor ele morre tão rápido quanto ele nasce.”

Deve estar escrito em algum lugar.

Sem dúvida alguma nasci para escrever. Tocar as pessoas no fundo de suas almas com minhas melhores e mais singelas palavras. Ir além do que qualquer pessoa já foi um dia, e renovar a esperança diária, e encantar vidas que por algum motivo estejam no meio do breu e do caos. A arte me fascina de uma maneira absurdamente linda, e sinto que em minhas veias percorre o dom para interagir, voar livre por onde eu quiser, escrever com todo meu coração e atuar. Mesmo que eu nunca tenha interpretado nada na vida além de trabalhos escolares, sei que respiro a arte.
Algumas coisas não precisam ser ditas para serem entendidas. E mesmo que você não acredite, eu sei que eu sou assim. A gente demora um pouco para entender nossos dons e defeitos, talvez seja um aprendizado constante. Mas do mesmo jeito que escrevo com todo meu carinho e paixão, me imagino em cima de um palco. Vivendo mil emoções desconhecidas e fazendo brilhar os olhos de quem está sentado na platéia.
Não meu amigo, isso não é devaneio algum, tampouco algo inalcançável. Talvez não seja meu destino seguir isso tudo como uma profissão, mas um dia posso afirmar com toda a certeza você ainda me verá brilhando. E verá que tudo isso que digo não é loucura de uma adulta que mal saiu da adolescência e quer fama, dinheiro e poder.  Não. Eu não quero nada disso, eu quero apenar seguir meu coração. Ouvir os aplausos e transbordar fascínio e alegria.
Ainda não consigo pensar em felicidade maior.
Sei que pode demorar talvez minha vida toda, mas estou disposta a esperar. Aceitei meu dom, e entendi que existem outras formas de emocionar, como escrever. Nada me deixa mais livre e realizada. Nunca gostei muito de diários, eu não gostava de escrever apenas para mim, sempre quis expor minhas ideias e sentimentos para quem quisesse ler.


“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios, por tanto farei o que estiver ao meu alcance encantar e fazer olhos brilharem. Para que assim, quando a peça acabar e a cortina se fechar, os aplausos sejam eternos.” V.G.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Além.

Fiquei um bom tempo com a janela de texto aberta. Quis muito escrever, e parecia que quanto mais eu queria, menos as coisas saíam. Às vezes fico meio vazia de sentimentos para escrever algo realmente bom e prefiro não escrever ao invés de escrever algo meia boca.
Hoje o dia está perfeitamente lindo, a temperatura está agradável, há Sol iluminando e aquecendo tudo. Estou sentada em frente a uma janela lateral, e mesmo ela estando fechada consigo ouvir os passarinhos cantando vez e outra. Uma brisa leve movimenta a janela.
Me imaginei em algum lugar realmente bom. Um praça tomando um chimarrão, ou numa praia curtindo um som, ou até mesmo numa casa vendo tv e deixando o Sol entrar pela janela.
Queria tanto algo assim, que posso fechar os olhos e sentir tudo isso como se estivesse mesmo acontecendo.
Dizem que todo mundo nasce com um propósito, e sinceramente ainda não sei dizer com certeza qual o meu, mas de uma coisa eu tenho plena convicção: nasci para ser livre, para aproveitar a vida e os dias. Andar por aí, ou dormir uma tarde inteira, caminhar pelo centro ou fugir para a serra. Tanto faz. Eu quero tudo. E eu quero agora.
Se eu pudesse, largaria tudo nesse exato momento e sairia por aí, fazendo tudo ou não fazendo nada, sozinha ou acompanhada tanto faz não importa. Eu só queria viver. Viver livre, fazendo minhas escolhas sem ninguém dando palpite e me julgando.

Faltando três dias para o meu aniversário, eu não pediria nada de material ou caro, nada de desnecessário ou fútil. Eu só queria viver por aí.