quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Escolha a estrada.

Chegando aos vinte anos, bate aquele frio na barriga. Até então, eu não estava preocupada em envelhecer, ou completar mais uma primavera, porém esse ano tudo mudou, e parece que já sinto o peso dos anos nas minhas costas.

O que eu fiz nesses vinte anos? Fui realmente quem eu queria ser? Fiz as pessoas ao meu redor felizes? Conquistei coisas que eu almejava? Estou aonde eu queria estar? E agora, o que vem daqui pra frente?

Sinceramente, não sei responder nenhuma dessas perguntas. Nunca tive convicção de absolutamente nada na vida, e hoje só sei que ninguém me avisou que passaria tão rápido. Quer dizer, muita gente me avisou. Só que eu não quis ouvir, afinal por que você vai se preocupar com o tempo quando se tem dezesseis anos? Puff, eu queria mais era ser livre, e achava que aos dezoito tudo mudaria... Doce ilusão. Parece que fiquei mais presa depois que atingi a idade que tecnicamente me libertaria.

Presa as responsabilidades, presa aos estudos (que ficam mil vezes pior que coisinhas de ensino médio), presa as mesmas cobranças ridículas, presa aos fracassos e chances desperdiçadas, presa aos meus traumas de infância, presa aos filmes que passam na minha cabeça quando me lembro de todas as coisas que perdi, que não vivi e que agora a realidade bate a minha porta, mostrando que não há mais tempo para nada disso.
Meio depressivo. Eu sei. E até peço desculpa aos leitores que ainda dedicam seu tempo em ler meus textos. Eu sinceramente queria ser mais abreviada, mais constante e mais equilibrada, porém ainda não cheguei oficialmente aos vinte. 

Então me permito enlouquecer agora, para daqui uns dias tentar dar o rumo certo para minha vida. 

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