sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fim.

Sempre fui a guriazinha que pensava demais, arriscava de menos. Na briga entre a razão e a emoção, meu coração raramente ganhava. As escolhas mais difíceis que tive que fazer até hoje foram os amores que tive que matar dentro de mim porque não dariam certo nunca. Alguns dizem que sou fria demais, mas a pior coisa é ter que terminar com algo que está dando certo só porque é óbvio que depois de uns meses vai acabar e de um jeito ruim.
Mas daí você apareceu – na verdade você sempre esteve aqui- mais lindo do que nunca, surge no meio daquela multidão, nunca se quer te dei um oi, mas naquela noite não acreditei quando te vi lá naquela festa, e no ritmo da batida te cumprimentei  meio tímida e você com aquele sorriso simplesmente me enfeitiçou.
Fiquei extasiada, lembro que não era de hoje que eu te via, e me encantava. Como sou idiota, meu Deus...
No dia seguinte você veio, conversamos um pouco e no outro final de semana estávamos saindo juntos. Aquele parque, lembra? Nunca mais tive vontade de voltar lá, não faz sentido sem você. Foi uma tarde engraçada, você me tira sorrisos e gargalhadas com uma facilidade incrível. Os dias seguiram, e nem dava pra acreditar que tudo aquilo estava acontecendo, e volto a dizer, como sou idiota, lembro até agora de como eu estava apaixonada, e isso pra mim nunca foi bom, nunca gostei de me sentir vulnerável.
Quase todos que sabiam diziam que nascemos um para o outro, minha mãe até hoje é uma que apesar de tudo que aconteceu faz campanha escancarada a favor de você. De nós.
Foi então que do nada você fez algo que não esperava: me decepcionou. Foi uma noite horrível, minha amiga coitada, teve que aguentar meu choro, minha raiva, minha mágoa a noite toda, e em todos os outros dias até hoje. 
Pensei, pensei e pensei e tentei te entender. De certa forma vi que também agi errado e consegui aceitar tudo aquilo. Sempre critiquei minhas amigas que fizeram isso, e que irônico, eu que estava sendo uma perfeita idiota aceitando tua burrada, mas achei que tudo deveria ser levado em conta. Você me trouxe tantas coisas boas que não podia jogar tudo fora assim, por um erro. E que erro ridículo.
Mas de todas as escolhas que você podia fazer, você escolheu a pior: a indecisão. Diz que sente algo forte por mim, mas diz que quer viver, não quer se prender. Lá fui eu, tentar entender, e realmente eu com a tua idade eu também não queria me apegar – até hoje não quero – mas você complica demais. Prefere os amigos, as festas, as mil meninas que tu pode ter.
E nesse vai e vem você não sabe se vai ou se fica. Não sabe o que quer, e os dias passam. Continuo aqui, vivendo minha vida. Morando do outro lado da rua, esbarrando com você quase sempre. Me interessando por outros caras mas me desencantando quando vejo que eles não vão conseguir ocupar o teu lugar.
Espero que quando aparecer uma menina que pra você valha a pena se entregar, você não pense duas vezes e vá em frente.
Quando você esteve na minha vida não fez questão alguma de ficar. E a lei da vida é essa: se você não está na minha vida, também não quero estar na tua.

De longe fico aqui torcendo sempre por você, é o máximo que eu posso fazer. 

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