segunda-feira, 22 de junho de 2015

O amor é a cura.

Se eu pudesse voltar no tempo, gravaria a parte em que eu te disse que você ia se arrepender. Que ia sentir minha falta e ia querer desfazer todas as burradas que me magoaram. Eu quase te supliquei para que acordasse e percebesse o quanto você estava me ferindo, porém infelizmente você só se deu conta disso agora. A vida dá muitas voltas mesmo, o destino se encarrega de colocar tudo em seu lugar, e no seu caso, seu lugar é bem longe de mim.

Confesso que doeu ter que relembrar tudo aquilo, todas as brigas, todas noites chorando, todas as vezes em que te vi e meu coração doía quietinho. Ainda bem que crescemos com as dores, com os danos. Eu era tão idiota, mas ainda bem que hoje falo sobre tudo isso naturalmente, sem mágoa ou saudade.

A minha dor foi dilacerante, por muito tempo me fez desacreditar na vida, nas pessoas e em sentimentos verdadeiros. Me culpava, te culpava, mas nunca deixava de escrever sobre você, sobre o que eu sentia perante tudo aquilo. E você? Nem aí. Nem rastro. Nem cheiro. Me vi completamente entregue aquele sentimento ridículo, que me fazia ser alguém dependente de algo que não existia. Eu gostava por dois, me dedicava por dois, sofria por dois.


Mas essa história teve final feliz, ao menos pra mim. Depois de muito tempo em reabilitação me libertei. Me senti leve e pronta para viver como antes. Foi aí que a vida me presenteou com o amor mais puro que já vi na vida. Algo leve, livre e sem ninguém ao nosso meio. Dei um passo de cada vez e hoje sou grata por tudo que aconteceu. Hoje sei que tudo que passei valeu à pena, apenas por conseguir distinguir o real da fantasia. Aquela dor e raiva que sentia se transformou em amor e confiança. Me tornei alguém melhor, e tudo isso graças aos tombos que você me fez cair. Hoje em dia reconheço que tudo valeu como aprendizado, e me fez dar valor ao que realmente merece meu amor. 

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