quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sentir algo novo.

Quem dera por um milagre tudo se resolvesse assim, fácil. Sem mais delongas, sem jogar a pesada poeira pra debaixo do tapete, sem resquícios de mágoas, sem preocupações e sem desculpas. Abandonar as amarras que só servem para travar a vida e os sorrisos sinceros. Que não houvesse mais dores, cansaço, doenças, tristeza e falta de tempo. Faltam menos de quatro meses para eu completar minha vigésima primavera, e se eu pudesse pedir algo que fosse realmente se realizar pediria o encantamento. Aquela magia na vida que existia quando eu tinha uns onze anos e achava que tudo eram mil maravilhas.

Há dias em que sinto vontade de fazer a mala somente com o essencial, e sair por aí. Aproveitar o Sol, tomar um banho de chuva, sentir a calmaria do vento bagunçando meus cabelos. Viver. Respirar fundo e perceber o quão a vida pode ser realmente boa. Jogar o relógio fora. Aproveitar e jogar o celular e todas essas crises de ego, falta de ânimo e mensagens visualizadas sem resposta. Porque não conheço algo mais vazio e silencioso do que o celular. Deveria servir para nos trazer conhecimento e lazer, mas tornou-se um vício onde a graça parece ser visualizar e manter-se calado. E assim vai. Criando uma montanha de afastamentos. O que deveria aproximar na verdade cria abismos entre as pessoas.

Cada dia serve para eu conseguir pensar mais, rever conceitos e me transformar. Já não faz tanto sentido ter milhões de pessoas ao meu redor, nem passar a tarde no shopping matando tempo, nem também sentir saudade de quem não esta nem aí pra nada. Mas, ao mesmo tempo me sinto frágil o suficiente para ser derrubada com um sopro, meu emocional têm sido meu pior inimigo nos últimos tempos, e me manter firme é exercício diário que nem sempre consigo exercer.


Ano passado, antes do meu aniversário vivi o inferno astral literalmente. Mas, esse ano vou tentar não pensar muito em nada. Sem planos, sem neuras, sem desejos malucos. Aproveitar enquanto ainda não entrei para a casa dos vinte, e me permitir ser quem eu quiser. Somente carregar comigo pessoas boas, sentimentos evoluídos e respirar muito quando pensar em cair, me desligar um pouco, apertar o pause...  

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