quinta-feira, 9 de julho de 2015

Inverno. Para alguns a melhor estação do ano. Para mim é o caos interno. Não que eu precise de alguma época do ano para ficar depressiva, mas convenhamos não há como ser feliz em dias frios e chuvosos. Juro que tento ver o melhor de cada dia, mas acordar cedo e sair com o dia escuro ainda, e voltar com a noite embalando meu sono é algo que ainda não consegui gostar. Tento manter a calma. Respiro e entre minhas faltas de tempo, tomo alguns chás. Dizem que acalma, e é menos viciante do que café. Mas não há nada que eu deseje mais do que os finais de semana. Apenas dois dias em que tento fazer tudo que quero – e que não posso fazer nos dias da semana- mas acabo passando mais tempo dormindo ou com preguiça do que fazendo coisas realmente úteis.

Nunca fui obcecada por dinheiro. Sempre achei que não poderíamos deixar de viver por isso. Mas infelizmente conheço pessoas que dão o sangue por mais e mais dinheiro, abdicam de suas vontades, brigam e magoam pessoas simplesmente por essa avareza e esquecem que a vida é muito mais importante do que isso.

Dizem que eu sumi. Porque eu sumi mesmo. Passo meus dias dormindo em pé, com um mau humor extremo e indo de um dia bom à péssimo em questão de segundos. Dizem que eu sumi. Das festas. Das saídas. Das idas atrás dos ídolos. Das fotos com a galera. Das indiadas com os amigos. Porque eu sumi mesmo.  A preguiça cada vez mais toma conta do meu ser, me tornei uma pessoa de quase vinte anos com ânimo e coluna de alguém que já passou os oitenta. Dizem que eu sumi. E que essa que está aqui não sou mais eu, que ria por nada, que aproveitava os dias, que estava sempre disposta e contente sem ter uma razão concreta. Porque eu sumi. Cansei um pouco de correr atrás de quem só se afastava, e hoje em dia evito mostrar os dentes para quem eu não conheço.


Da mesma forma que escuto que essa é somente mais uma fase, e que vai passar como as outras passaram, desejo com toda minha alma que um dia eu volte. Pra vida. Pro mundo. Pro tempo. Pras pessoas que me querem bem. E que eu volte pra ficar. Sem mágoas ou cansaço, sem mau humor ou brigas, sem cobranças excessivas e sem medo de seguir o meu caminho. 

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