segunda-feira, 16 de junho de 2014

Tempo que perdi.

Há muita coisa fora do lugar, e simplesmente eu não estou mais conseguindo controlar.
Todos os dias eu acordo com a esperança de conseguir encarar a vida de frente, sem medo e sem desabar, mas não consigo ser forte e ultimamente qualquer coisa me derruba.
Só queria uma vida normal, uma lar de verdade com a minha mãe, um fim de tarde tomando chimarrão, queria ter um lugar pra voltar e queria ter motivos pra voltar pra casa.
Cheguei na fase mais crítica até agora: saio de manhã sem motivos, e volto pra casa sem motivos.
Aquelas infinitas brigas com quem deveria me tratar como uma princesa se transformaram numa absurda relação de mágoas, falta de respeito e desamor.
Tento absorver apenas as coisas boas, mas o problema é que as ruins estão se superando e inevitavelmente me sinto frágil e sozinha.
Aquelas amigas que eu achava que seriam pra sempre agora também tem seus compromissos e o afastamento vira rotina, a saudade sempre adiada e agora me encontro abandonada, só querendo algo diferente, uma festa ou passar o dia na rua fazendo algo realmente empolgante.
Sou meio dramática, eu sei, mas o momento requer muito drama mesmo, esse ano está sendo tudo muito complicado e corrido, e não consigo gostar disso.
Talvez o mais difícil e revoltante seja eu tentar fazer tudo da melhor forma possível, e ainda sim não ter o verdadeiro reconhecimento. Mesmo que eu saiba que estou fazendo o certo, é difícil não ter incentivos.

Vejo que essa crise interna está me afetando de uma forma tão horrível quando consto que estou ficando sem inspirações até pra escrever. Acho que esse é o limite. Escrever pra mim é a única forma que encontro para ser um pouquinho feliz e livre, e se não consigo mais fazer isso não sei aonde tudo isso vai parar.

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