segunda-feira, 30 de junho de 2014

Aqueles planos...

Sempre que me perguntaram o que eu queria ser quando eu crescesse, eu respondia uma coisa diferente. Acho que desde pequena nunca gostei de rotina daquelas que cansam a alma e atormentam a mente. Gosto de alguns tipos de rotina, mas isso não vem ao caso nesse texto.
Uma vez respondia que queria ser pediatra, outra vez veterinária, e acreditem, já quis ser modelo. Mas sempre preferi comer, então essa opção foi logo descartada.
Então a última vez que me perguntaram, eu respondi o que sentia passar pelas minhas veias, o que eu respirava e o que me fascinava. Atuar. É a primeira vez que falo abertamente sobre esse assunto, poucas pessoas sabem e há quem diga que nasci para isso.
Mas então aqueles sorrisos e incentivos se tornaram rostos fechados e de decepção. Nunca fui surpreendida tão negativamente, e nunca achei que não teria o apoio que eu precisava. Desde então ninguém nunca mais ousou me perguntar o que eu queria ser quando crescer, e o assunto nunca mais foi falado, como se fosse um tipo de bomba prestes a estourar a qualquer momento.
Cresci fazendo planos para meu futuro, achando que a opinião mudaria quando eu mostrasse que estava certa daquilo e que tinha realmente condições que ir atrás.
Porém mais uma vez fui surpreendida e o assunto virou a polêmica da família, todos criticando e me julgando imatura, apenas por eu querer seguir algo que me faz feliz. Eu poderia fazer qualquer coisa na vida, menos atuar. Ponto.

Aceitei e encerrei meus planos e pensamentos sobre isso, a resposta nunca mudou, mas se alguém me perguntar o que quero ser quando crescer a resposta vai ser uma só e imediata: quero ser livre.

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