terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Não faz sentido.

Certa vez ouvi uma música que dizia que as coisas não são como deveriam ser. Fiquei anos tentando entender, e aceitar aquilo.
Posso dizer que mesmo oito anos depois ainda não engoli essa história. Como pode? Nascemos predestinados a uma só vida e um só destino então? Não podemos mudar nossas escolhas nem nosso futuro? Não sei. Essa é a pergunta que não quer calar.
Houve um tempo em que eu me senti livre, que fiz minhas escolhas e vivia cada dia de forma diferente. Houve um tempo em que acreditei que nós mesmos devemos ir atrás, ir pra guerra mesmo sem medo.

Mas aí, tempo depois percebi que me precipitei e que algumas coisas não podem ser mudadas. Por exemplo a minha vida. Mesmo que eu lute, corra atrás, economize tempo e dinheiro continuo aqui, sentada no mesmo lugar com os mesmos planos nunca realizados em mente. Isso às vezes é revoltante.
Não, não surtando fiquem tranquilos. Hoje em dia sou bem mais equilibrada do que eu era, mas há pensamentos e vontades que não cansam de perturbar e eu não sei lidar com isso.

Na teoria é muito fácil falar, e como eu não estou aqui para fazer textos estimulantes nem ilusórios para ninguém, lhes digo com toda a certeza de alguém que nunca tem certeza de nada: a vida é irônica, a vida é um jogo roubado em que nem sempre a gente ganha, e que temos que nos contentar com agregação de experiência. Ora, se eu quisesse experiência eu a comprava, ou pedia. Eu quero ser e ter tudo que eu sempre sonhei pra mim.


Mas ainda continuo com todos esses sonhos e ânsias aqui dentro, naquele lugarzinho mais secreto que a gente pode ter. 

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