segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Segunda.

Sempre quis que alguém reconhecesse meu valor sem pedir nada em troca. Sempre quis ser invisível para muita gente e colorida para algumas pessoas. Sempre quis sair sem hora pra voltar. Sempre quis ser admirada pela minha força e capacidade de levantar. Sempre quis ser a mulher maravilha que consegue salvar o dia de alguém.

Sempre quis ser normal. Sempre quis conseguir acordar bem disposta. Sempre quis que torcessem por mim e pelos meus sonhos. Sempre quis que sentissem minha falta a ponto de aparecerem na porta do meu trabalho procurando notícias minhas. Sempre quis acordar com café na cama. Sempre quis aproveitar ao máximo um final de semana inteiro. Sempre quis não ser a gorda da história. Sempre quis que me ouvissem.

Mas como 99% disso nunca aconteceu, eu escrevo e escrevo com toda minha alma, pois até o coração um dia para de bater. Escrevo porque ainda continua sendo minha única forma de expor o que penso nem interrupções ou discordância.


E escrever para mim continuará sendo meu maior refúgio e esconderijo. Sempre quis que alguém gostasse de mim por algo que eu escrevi.

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