terça-feira, 14 de abril de 2015

Entre os meus altos e baixos vivo sempre todos os meus dias iguais de forma diferente. Ou pelo menos tento. Ou pelo menos finjo que tento. Houve dias em que eu quis pirar. Jogar tudo para o alto e sair por aí, respirar, encontrar o meu caminho verdadeiro e não o caminho que as pessoas esperam que eu siga.

Mas depois eu vi que não importa. Nada que eu faça, ou por onde eu esteja vai mudar o que existe aqui dentro. Buracos. Abismos. Talvez até um poço sem fundo. É necessário perceber e aceitar que alguns problemas nos pertencem e só nos livramos deles quando entendemos que nenhum sofrimento é eterno.

Nossa, olha a dramática novamente falando de tristeza e blábláblá. Sim, eu falo muito disso, porque eu não escrevo nada que não esteja na minha alma, e isso virou uma marca em mim. Meus traumas, minhas decepções, meus medos e vontades nunca realizadas são o que eu sou e de maneira alguma irei esconder isso de alguém. Mascarar as cicatrizes faz com que elas cresçam de maneira absurda e só percebemos isso quando elas se tornam maiores que nós mesmos e maiores do que todas as coisas boas que já vivemos.

Por isso sou extremamente sincera com as minhas dores. E ser assim não significa que eu não seja feliz. Quer dizer, não sempre. Há dias tristes e há dias alegres. Algumas pessoas têm mais dias bons, outras mais ruins e assim vai. Não existe felicidade plena todos os dias, e ninguém passa meses sofrendo. Hoje estou mais ou menos, amanhã talvez melhor, talvez pior.


Falar sobre saudades, faltas, perdas e desilusões não me faz alguém ruim. E isso não significa também que eu não dê valor para as coisas boas que me acontecem. A simplicidade é a chave para um coração leve e tranquilo, porém às vezes a gente tranca o coração e perde a chave. Mas um dia a gente aprende a fazer mil cópias dessa chave e enxerga que dias ruins são extremamente necessários. A tristeza nos ensina coisas que a felicidade jamais irá saber.

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