quarta-feira, 8 de abril de 2015

Quem me viu alguns anos atrás jamais imaginaria no que eu me tornaria. Aquela menina vidrada em programas na TV, que só comia porcarias o dia inteiro, que só tirava notas altas no colégio e que era mais do que alegre, era brilhantemente do seu jeito bravo e gostava de imaginar seu futuro.

Hoje sou alguém bem diferente. Alguém sem tempo. Não acompanho novelas, séries, nem nada do gênero. Vivo com pressa e com sono, driblando o mau humor e tentando não deixar a preguiça me dominar. Enquanto tomo meus cafés com leite, escrevo e às vezes acho uma porcaria. Deleto tudo. Reescrevo. E assim vai.

Há dias em que só queria voltar pra época em que eu tinha tempo para não fazer nada. Outras vezes acho que eu só perdia tempo, e no pior dos meus dias acho que estou perdendo tempo no presente, tipo hoje, tipo ontem, tipo nos últimos meses.

Às vezes gosto dessa vida. Pois pensando pelo lado bom das coisas já sou adulta e faço o que eu quiser, posso matar aula e ir pra um barzinho ou comer sushi. Mas não mãe, não vou chegar tarde, não me espera acordada. E posso passar o final de semana na rua, me divertindo. Ah, e daí que são quase meio dia? Me deixa dormir. E daí que já é quase domingo, eu quero continuar dormindo. O que? Já é segunda?


A verdade é que as coisas são e permanecerão assim por um bom tempo ainda. Tenho que aceitar. Às vezes gosto. Às vezes odeio. Por isso minha vida se resume em buscar o equilíbrio. E você, o que você busca?

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