segunda-feira, 6 de abril de 2015

O ano praticamente acabou de começar e eu já passei por algumas provas de resistência. Precisei de um tempo. Pra mim. Pra minha bagunça interna. Pra minha falta de ânimo. Pra recuperar a esperança e fé na vida que perdi. Pra chorar até secar e ir para o fundo do poço mesmo. Pra repensar em todas as minhas escolhas. Surtei. Cheguei ao ponto de ter uma receita de tarja preta nas minhas mãos e não sabia como tinha chegado naquele ponto.

Tive vergonha de mim, por ser fraca a esse ponto. Por cair e simplesmente não ter a mínima vontade de levantar. Por sempre ter que abrir mão das minhas vontades pelas dos outros. Por ter pena de mim mesma. Por fingir sempre que está tudo bem e engolir pessoas desnecessárias. Por me importar com tanta gente idiota.

Agora posso dizer que estou me reerguendo. Não é fácil, pode acreditar que mesmo que você me veja sorrindo ou tirando onda, aqui dentro ainda permanece um caos infernal. Mas estou dando um passo de cada vez. Tentando acreditar que tudo tem um propósito e estou sendo testada para ver se sou merecedora de coisas boas. Focando no hoje para meu futuro ser bom amanhã. Agradecendo por ver que ainda tenho algumas – poucas – pessoas boas comigo, me segurando toda vez em que ouso cair. E deixando ir embora qualquer pessoa que não queira ficar.

Busco o equilíbrio nas pequenas coisas, e sorrio baixinho toda vez em que lembro que um dia tudo vai melhorar. A gente não pode somente deixar a vida passar e não fazer nada esperando que aconteça alguma coisa. Aprendi que tudo depende de nós mesmos, ninguém fará por nós. Comecei a ser mais auto suficiente e isso só tem me feito bem.


Continuo a mesma, agora com umas cicatrizes a mais, porém com uma fé incalculável na vida. Nas pessoas. No destino.

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