sexta-feira, 27 de março de 2015

É muito clichê, mas certa vez li uma frase que faz todo sentido no momento: “O tempo não cura tudo, na verdade ele não cura nada. Ele só tira o incurável do centro das atenções.” E realmente é assim. Cá estou eu, no auge dos meus quase vinte anos, com toda a vida pela frente – eu espero – e continuo tendo minhas crises de nostalgia sentindo saudade de um passado que completa seis anos esse ano. 22 de dezembro para ser específica. Foi aonde tudo virou passado e eu me tornei uma saudade ambulante carregando minhas dores e cicatrizes, me tornei outra pessoa e com um bocado de solidão na bagagem.

Ontem voltando para “casa” ouvi a repentinamente a última música antes de desligar o celular e tirar os fones de ouvido para descer, e ela é bem antiga. Especificamente dessa época que eu sinto saudade sempre. E eu odeio essa parte aqui. Odeio mesmo.

Nunca estamos preparados para o novo, para mudar, e até nos adaptarmos leva certo tempo, porém, sinto que ainda não consegui aceitar que terei de conviver com essa falta no peito até o resto dos meus dias. Obviamente já não choro todos dias por isso como cinco anos atrás, já não sou mais revoltada com a vida – não por esse motivo – e consigo viver alguns dias sem lembrar, mas quando eu lembro parece que minha alma vai explodir de saudade.

Cresci muito após essa perda. E infelizmente só agora nos últimos tempos consegui entender que todos mudaram. Já não são mais meus irmãos, aqueles que eu podia contar sempre mesmo que houvessem desavenças. E foi difícil sabe, nossa, foi mega difícil reconhecer e entender isso. Mas a vida segue, eu sigo e todo mundo segue.


Um dia sei que vou terminar aquele bendito livro que um dia eu comecei, e talvez seja aí, terminando esse livro que eu consiga colocar uma pedra em cima desse assunto e parar de sentir saudade e querer voltar no tempo e parar exatamente naquele ano. 





Bem talvez, essa seja a música e bem talvez ela defina tudo 

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