terça-feira, 5 de maio de 2015

Eu e um amigo que também escreve, fizemos uma troca de textos e hoje vou postar um de autoria dele. 

Ele tem um blog. Acessem lá http://melancoliaplatina.blogspot.com.br/ 

Coração de Chernobyl.

 Preso na minha ilusão, tento me libertar da cela do teu coração, mas estou sob a ameaça de uma bomba atômica, nela está contida a substância mais pura do mundo, algo que se for usado de maneira errada destrói vidas, mas mesmo assim é o sentimento mais genuíno de todos: o amor.
 Ela explode liberando todo seu conteúdo, o amor está no ar, quero morrer por asfixia, eu sucumbi ao vazio existencial, me perdi na solidão, continuo vivendo sem razão, não há sentido viver sem estar ao teu lado, tudo se torna tão obsoleto, superficial, estou doente, doente de amor
 Respiro por aparelhos, já vejo a luz no fim do túnel, mas, veja só, é você quem me espera do outro lado, eu fico imaginando tudo o que não vivemos, me parece tão bom, a ilusão é melhor que a realidade, é melhor sonhar para sempre do que estar acordado, mas, pensando bem, neste momento derradeiro da vida, chego à uma conclusão que deveria ter sido pensada muito antes: por quê não tornamos nossos sonhos em realidade?
 Talvez seja tarde, talvez o amor não correspondido seja uma doença terminal, talvez eu já esteja infectado por este sentimento atômico, talvez eu já esteja mais pra lá do que pra cá, mas isso tudo é só "talvez".
 E se isso tivesse cura? Se a cura para minha doença fosse uma transfusão de amor? Digo, tudo o que você tem que fazer é me amar como eu te amo, acreditar que eu posso te fazer feliz, talvez eu também te cure dessa mesma doença, talvez tudo o que você precise seja de uma transfusão de amor, talvez o amor seja o melhor remédio, talvez fomos feitos um para o outro.



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