sexta-feira, 29 de maio de 2015

Fazia frio.

Fazia um frio absurdo lá fora. Talvez não tanto para quem nasceu e cresceu no estado mais gelado do país e que precisa lidar com frieza no seu cotidiano. Por ironia, sempre amou verão, calor, praia, sensação de liberdade a flor da pele, felicidade era sinônimo de dias quentes.

Frio a deixava depressiva, introvertida – coisa que ela não era – e principalmente dias e noites chuvosas a deixava tensa, nada era bom quando chovia. Mentalizava que para viver o paraíso de verão precisava passar pelo inverno, e tentava apenas sobreviver a essa estação do ano.

Porém agora o frio está atingindo lugares novos, lugares que ela achava serem repletos de amor, afeto e confiança que nenhuma pedra de gelo pudesse infectar. Lugares tão preciosos e tão vitais que esse frio pode virar uma arma letal. E parece que quanto mais ela tenta aquecer esses lugares, mais eles ficam congelados.

Talvez esse frio realmente seja necessário, mas ela não vê a hora de ser acordada por aqueles raios de Sol típicos de uma manhã de verão. Ela só tenta se manter firme, e mentalizar que a vida sempre será assim, com dias frios e dias quentes.

Se eu esbarrar com ela por aí vou tentar ajudar, dizer que abraços esquentam e quem sabem possam ser o milagre que ela precisa, a luz no fim do túnel que ela busca encontrar. Talvez só precise exercitar um pouco mais, amar mais e se sentir mais amada.


Ela sabe que o que derrete gelo é o amor.

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