segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Venha de onde vier, tanto faz.

Apesar desse final de semana ter passado voando, ele foi muito bom. Matei a saudade de uma amiga que não via a algum tempo e aproveitei ao lado de pessoas que amo. Mas especialmente matei a enorme saudade da minha avó. Ela que apesar da idade e dos problemas de saúde, não tira o sorriso do rosto e não deixa de demonstrar o seu amor por mim. Mesmo que nossos laços não sejam de sangue, estamos ligadas pelas nossas almas e por nosso amor.
Parece que ela simplesmente sentiu minha fase difícil, e apenas me olhou nos olhos e disse algumas palavras que ainda giram na minha cabeça.

“Quando tu nasceu, a tua mãe te deu o teu nome. E tu não poderia ter outro a não ser esse. Olha como tu cresceu, olha como tu conseguiu conquistar muitas coisas que pareciam ser bem difíceis. A tua mãe tava certa, tu nasceu pra vencer. Eu te admiro muito.”

Não sabia muito bem o que responder. Apenas agradeci e tentei não chorar.
Não está sendo nada fácil, não mesmo. Sei que devo pensar positivo e atrair boas energias etc  etc etc, eu sei disso. Porém não é simples, e às vezes me vejo perdida no meio do caos, sem ter pra onde correr. Juro que não é drama ou exagero. Bem que eu queria que fosse. Desde sempre minha vida nunca foi normal, e algumas pequenas coisas fazem tanta falta e me geram um vazio.
Tenho que ser mais forte do que nunca, tenho que levantar a cabeça e seguir em frente, tenho que mostrar para o mundo que eu posso. Mas o que fazer quando qualquer coisa te derruba e a única vontade é ficar no chão? Sinceramente não sei. Na verdade até sei. Eu deveria levantar mais forte e com mais esperança. Porém sinto algo errado, sinto que estou guardando todas as coisas ruins e jogando fora as pequenas coisas boas. O ser humano é complexo demais. A vida é complexa demais. Somos seres em constante aprendizado, porém às vezes não consigo entender qual o motivo de tantas coisas ruins.
Sei que meus últimos quinze textos têm sido sobre coisas ruins e sobre força e sobre como os problemas me atingem. Odeio ser repetitiva. Mas não há nada que eu queira mais do que ter uma vida normal. Com um lar, sem brigas, com paz, sem choros à noite, com tempo e sem lamentações.

Sei também que reclamar, chorar e me deixar abater não ajuda em nada, mas com quase dezenove anos de vida, cheguei em um ponto que cansei de lutar, cansei de dar murro em ponta de faca, cansei de pedir, cansei de conversar e tentar achar uma saída. Eu não consigo mais sozinha, preciso me recompor. Preciso de um tempo só para mim e para conseguir me renovar. Preciso me recriar. Preciso voltar a acreditar que tudo vai melhorar, basta eu levantar. 

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