quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Sobre saudade.

Nesse exato momento estava vendo umas fotos das minhas amigas. Porque sim, eu tenho amigas. E nesse exato momento também me deu um aperto sufocante no peito, pensei que eu não conseguiria respirar. E doeu. Doeu fundo, na verdade mais que fundo, doeu infinitamente de um jeito que eu nunca havia sentido.
Em um segundo me veio à mente todas as lembranças e risos, todas as festas e saídas, todos os dias e noites ao lado delas. E nesse exato momento me deu uma vontade absurda de chorar. Mas me segurei. Aquela Vitória chorona aos poucos está indo embora.
Mas voltando ao assunto, eu volto em todos os nossos momentos juntas e me esqueço que atualmente nós não somos nem a metade do que já fomos um dia. Nem juntas, nem separadas, nem em hipótese alguma, nós mudamos muito e certamente aquela doidas de tempos atrás nos matariam se nos vissem hoje sem tempo pra nada, muito menos pra nos reunirmos, com outras prioridades e outros jeitos.
A vida nos muda. Mas, o que mais nos muda é a rotina estressante e cansativa. É mais fácil arrumarmos desculpinhas esfarrapadas e outros compromissos do que nos encontramos.
E cada vez mais vejo o quanto estamos distantes. Uma está prestes a casar, a outra encontrou outras amizades, a outra continua morando perto, mas não o suficiente para nos vermos, e eu. Bom, eu talvez tenha sido a que mais mudou. Perdi um pouco da minha essência, e me deixei levar pelo cansaço dos dias trabalhando e estudando e parei de procurá-las.
Sinto saudade. Na verdade é mais do que saudade. É um buraco que atravessa meu peito e está presentes em todos os meus dias.  Sinto saudade do que eu era quando estava com elas, aquela era minha parte mais louca e espontânea.
Algumas coisas saíram do controle. Não tenho mais tenho nem para almoçar, nem para arrumar minha bagunça interna – e externa -, não tenho tempo para minha mãe, namorado e amigas. Não tenho tempo nem para saber das novidades sobre meus ídolos.


Mas tudo bem, estou em uma fase que não quero reclamar da vida e das coisas, então vou vivendo. Com buracos imensos de todos os tipos de saudades possíveis. E voltando no tempo toda vez em que fecho os olhos. 

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