quinta-feira, 18 de setembro de 2014

10h46min

Há vezes em que acho que vou explodir. De gordura, de ansiedade, de medo, de saudade, de angustia, de raiva, de tanto chorar, de tanto rir. Sou intensa demais. Sofro por antecipação, morro antes de levar o tiro. Faço das tristezas das outras pessoas, a minha também. Inconstante demais para uma adolescente adulta.
Em um dia inteiro eu vivo diversas sensações, e mudo de humor como quem pisca os olhos, não sei explicar. Qualquer coisa me faz mudar a visão sobre a vida e o mundo, e vou de feliz a triste em questão de horas. Tem vezes em que acho que sou muito sortuda e alegre, outras vezes até o mais azarado ficaria com pena de mim. Não é fácil de entender, eu sei.
Penso penso penso, e não chego a conclusão alguma.  A única coisa que vejo é que estou cada vez mais carente. De família. De amigos. De apoio. De reconhecimento.
Chega uma hora em que nem a pessoa mais auto-suficiente consegue ser plena, e imagina, eu estou longe de ser uma pessoa assim, pensa em um colapso. É, eu disse que sou dramática e intensa demais, mas não consigo ser de outro jeito.
É tanto desamor, tanta inveja e tanta hipocrisia no mundo... Às vezes me causa náuseas. Vejo tantas amizades por interesse, tantos namoros de mentira, tantas famílias mascaradas, tanta gente que não merece e possuí o mundo nas mãos. Não sei, sempre acreditei em fé e merecimento, mas talvez eu esteja errada nesse aspecto.  
Sinto os dezenove batendo na porta e com ele muita coisa eu espero que mude. Pra melhor. Sempre.
Hoje vejo que cheguei em uma fase muito estranha da minha vida. Depois de cair diversas vezes e me manter no chão por um bom tempo, atualmente enxergo tanta coisa que antes eu nem imaginava que fosse real.
Enxerguei que nem todo mundo que me rodeia quer o meu bem, que pessoas verdadeiras que vão estar comigo em todos os momentos são menos de cinco. Que até mesmo meus sonhos mais malucos e constantes uma hora se acalmam e viram lembranças boas e saudades doídas.

Talvez crescer não seja tão bom assim, é preciso saber lidar. É preciso equilíbrio e muito sangue frio. Sim, sangue frio. Ter que engolir milhões de sapos, aceitar que a vida não é um mar de rosas, pagar contas, estudar e trabalhar, brigar por aquilo que acreditamos e não ter tempo nem pra respirar. Onde aperta pra voltar no tempo?

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