Especialmente hoje comecei a relembrar meu tempo de fã
enlouquecida, e lembrei de alguns fatos marcantes ao longo desses quase oito
anos.
Senti saudade. E que dorzinha no peito. Nos últimos tempos
não tenho parado para pensar muito nas coisas, mas olhando ao redor vejo que me
afastei muito daquela vida, ganhei muitas responsabilidades, amadureci, e hoje
em dia não tenho mais tanto tempo para me dedicar a esse meu sonho constante.
Nem se eu quisesse contar todas as histórias, elas não
caberiam aqui. Conheci tanta gente e criei laços que duram até hoje, passei
horas nas filas, tomei banho de chuva e também quase me queimei de tanto Sol,
perdi umas boas calorias pulando, chorando e rindo. Quem me visse nos shows diria
que eu ia só para chorar e me desesperar, mas não. Posso afirmar com toda a
certeza que foram nas filas desgastantes e nos shows inesquecíveis que fui a
mais feliz da vida.
Poucas pessoas entenderão como virar dias em pé e noites sem
dormir podem ser tão boas assim, mas aquela ansiedade e nervosismo é algo que
nunca conseguirei explicar.
Muita coisa mudou. Parando para observar bem, eles se
tornaram algo muito além do que esperavam. Se consolidaram. Começaram outros
projetos paralelos, mas continuam os mesmos de anos atrás. Pelo menos eu
consigo enxergar isso. Algumas coisas neles nem o tempo apagará. E alguma coisa
em mim também nada apagará. O amor que sinto.
Aquela adolescente que beijava os posters, que passava horas
na internet buscando tudo sobre eles, que passava o dia ouvindo as músicas, que
chorava até a alma quando não podia ir em shows porque era nova demais não
existe mais.
Cresci tanto, de uma maneira que nunca imaginei que seria.
Não tenho tempo nem para respirar quanto mais para dedicar a eles. Não consigo ir
aos aeroportos, e hotéis. Mas me contento com os shows. Isso eu sempre darei um
jeito de ir. Quem me viu anos atrás não acreditaria nisso. Aquela enlouquecida
buscando um abraço dos seus ídolos e se não conseguia chorava até o dia
amanhecer falando que se contenta apenas com shows? Sim. Aprendi que o amor
liberta, faz feliz. E realmente de vê-los no palco, me renovo.
Aprendi a esperar. Podem se passar anos para que eu os
abrace outra vez, mas continuarei aqui disposta a viver a vida assim. Essa é a
vida que eu quis.
Talvez eu não tenha tempo, mas o coração que bate aqui
dentro de mim, tem uma batida só. A deles.
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