sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Amar.

Especialmente hoje comecei a relembrar meu tempo de fã enlouquecida, e lembrei de alguns fatos marcantes ao longo desses quase oito anos.
Senti saudade. E que dorzinha no peito. Nos últimos tempos não tenho parado para pensar muito nas coisas, mas olhando ao redor vejo que me afastei muito daquela vida, ganhei muitas responsabilidades, amadureci, e hoje em dia não tenho mais tanto tempo para me dedicar a esse meu sonho constante.
Nem se eu quisesse contar todas as histórias, elas não caberiam aqui. Conheci tanta gente e criei laços que duram até hoje, passei horas nas filas, tomei banho de chuva e também quase me queimei de tanto Sol, perdi umas boas calorias pulando, chorando e rindo. Quem me visse nos shows diria que eu ia só para chorar e me desesperar, mas não. Posso afirmar com toda a certeza que foram nas filas desgastantes e nos shows inesquecíveis que fui a mais feliz da vida.
Poucas pessoas entenderão como virar dias em pé e noites sem dormir podem ser tão boas assim, mas aquela ansiedade e nervosismo é algo que nunca conseguirei explicar.
Muita coisa mudou. Parando para observar bem, eles se tornaram algo muito além do que esperavam. Se consolidaram. Começaram outros projetos paralelos, mas continuam os mesmos de anos atrás. Pelo menos eu consigo enxergar isso. Algumas coisas neles nem o tempo apagará. E alguma coisa em mim também nada apagará. O amor que sinto.
Aquela adolescente que beijava os posters, que passava horas na internet buscando tudo sobre eles, que passava o dia ouvindo as músicas, que chorava até a alma quando não podia ir em shows porque era nova demais não existe mais.
Cresci tanto, de uma maneira que nunca imaginei que seria. Não tenho tempo nem para respirar quanto mais para dedicar a eles. Não consigo ir aos aeroportos, e hotéis. Mas me contento com os shows. Isso eu sempre darei um jeito de ir. Quem me viu anos atrás não acreditaria nisso. Aquela enlouquecida buscando um abraço dos seus ídolos e se não conseguia chorava até o dia amanhecer falando que se contenta apenas com shows? Sim. Aprendi que o amor liberta, faz feliz. E realmente de vê-los no palco, me renovo.
Aprendi a esperar. Podem se passar anos para que eu os abrace outra vez, mas continuarei aqui disposta a viver a vida assim. Essa é a vida que eu quis.

Talvez eu não tenha tempo, mas o coração que bate aqui dentro de mim, tem uma batida só. A deles. 

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