segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Posso esperar.

Hoje acordei com a maior vontade de sair correndo, por aí, sentindo o vento bater na cara, livre de sofrimentos e problemas apenas correndo sem rumo, esperando esbarrar em algo realmente bom e empolgante. Isso não faz sentido Vitória, pensei comigo mesma.
É talvez não faça. Mas era o que eu queria. Sair por aí, sem avisar ou ligar para ninguém, apenas sair sem hora pra voltar e sem compromisso de ser certinha sempre. Sei lá, sair e encher a cara ou sair apenas para sentar embaixo de uma árvore sair para sorrir até cansar o rosto ou sair para chorar até perder as forças. Apenas sair, mudar minha rotina uma vez na vida. Ir ao cinema ou ao shopping, andar pelo meu bairro, ou ir pra outra cidade aqui perto. Observar as pessoas e sua pressa. O mundo anda muito corrido e sem tempo hoje em dia e eu só queria tomar um chimarrão tranquilamente nos finais de tarde.
A verdade é uma só: não importa o lugar para qual eu fosse, eu só não queria voltar. É, de novo estou com aquela ânsia de pensar em voltar todas as noites, e reviver todos os dias uma nova guerra ou com os outros ou comigo mesma. Posso confessar? Virou sacrifício para mim. É absurdo, eu sei disso. Quando eu vou para aula me sinto tão viva, só quero aproveitar cada minutinho longe de tudo que me faz mal. Virou uma bola de neve talvez, e agora ficou pesado demais para eu conseguir segurar toda a barra que me rodeia. Prefiro fugir dela, mesmo que eu saiba que essa não é a ideia mais inteligente, mesmo que eu saiba que eu posso ir para Disney, mas meus problemas irão junto comigo.

Sei que um dia as coisas irão melhorar. Me agarro nesse pensamento. Um dia será tudo diferente e serei feliz em qualquer lugar com todas as pessoas que me rodeiam, um dia tudo se renovará, aguardo por esse dia como quem aguarda pela cura de uma doença, espero por esse dia como eu nunca esperei por nada na vida. 

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