Tenho quase plena certeza de que falo sozinha aqui. Mesmo
com quase três mil visualizações (sei que a maioria é do meu namorado) me sinto
meio louca às vezes, falando (quase) tudo sobre a minha vida, meus problemas e
medos, minhas alegrias e sonhos.
Mas é bom falar, gritar, esvaziar. Pesquisas comprovam que
pessoas que guardam tudo para si têm mais chances de desenvolver doenças e até
o câncer. Desse medo eu não sofro, se isso for realmente verídico. Falo tudo,
sempre. Sozinha, com as paredes, com meus cachorros, com a minha mãe, com meus
dedos, com o espelho. Eu simplesmente falo. Já aqui, escrevo se não isso não
seria um blog.
Eu gosto de falar, escrever, e também ouvir. Nada me deixa
mais calma. Chorar também me ajuda bastante, mas ando cansada até para isso.
Sempre gostei de escrever redações no colégio, até redações de vestibulares
(não sei como nunca passei na UFRGS). Amo criar frases de efeito, amo dar ênfase
as coisas, amo escrever algo bem escrito com níveis mínimos de erros de escrita,
pontuação e acentuação.
É incrível ver algo sendo escrito sem brilho algum e saber
que basta uns minutos e eu consigo mudar todo o jeito e dar vida a algo que
estava inerte.
A magia está em amar escrever. Se você não gosta não
adianta, nunca fará bem feito por mais que dê o seu melhor. Porém se você ama
isso vira seu maior dom. Particularmente eu sei que levo jeito para escrever,
poderia passar horas e horas e horas criando textos e lendo, absorvendo todo
tipo de conhecimento e informação possível.
Uma vez me disseram que eu deveria apostar na carreira de
letras e que eu deveria escrever um livro. Não quero escrever um livro. Quero
escrever todos os livros que eu puder. Meu fascínio por textos tem sido maior
que tudo e nada seria mais perfeito do que colocar todos meus pensamentos e
lembranças em algo concreto, em algo que ficará marcado igual uma tatuagem na
pele.
“Era uma vez...”
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